A história de Júnior Goularti da Rosa pode ser contada em forma de arte. As limitações cada vez mais avançadas da paralisia cerebral estão visíveis em imagens feitas com pincéis nas mãos, entre os dedos dos pés e até na boca. Algumas das obras que restaram na família resultaram na primeira exposição na Praça de Cultura e Esportes Unificados de Vila Nova nesta sexta-feira, dia 9. Ao todo, 10 trabalhos do artista de 36 anos foram apresentados como inspiração aos alunos da Escola Especial Sonho Dourado.
A paixão de Júnior foi descoberta pela admiração que ele demonstrou por uma imagem na parede da escola. Ele foi instigado pela professora Lilian Rosane Phillip. Mesmo com dificuldade de se comunicar, pediu que a mãe comprasse tinta para aprender a pintar. “Vejo uma alma livre dentro de um corpo limitado, mas muito expressivo. Assim como ele, muitas crianças demonstram sentimentos. Cabe a nós ter sensibilidade para captar”, relata, atualmente, como interina da Fundação Cultural de Içara.
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