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Economia

O jornal local sempre terá espaço

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Augusto Búrigo da Luz, içarense de 53 anos, casado com Aniceia Daltoé, pai de Anny Caroline e Katharine. Formado em Economia e Administração de Empresas na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), fez ainda especialização em Projeto e Viabilidade Econômica na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). Este é o perfil do empreendedor responsável pelo Jornal Gazeta.

A participação de Augusto no periódico semanário mais antigo de içara começou logo em 2003. Na época era colunista de Economia. Depois de nove meses assumiu então a direção geral. No currículo, ele relembra ainda que já foi proprietário do Búrigo Supermercado e atuou também de professor. Lecionou Economia no então Colégio Estadual Antônio João, além da Fucri, atual Unesc.

"Costumo dizer em minhas palestras que o jornal local sempre teve e terá seu espaço no mercado, independente das novas tecnologias", avalia. Em relação ao mercado da cidade, contudo, considera que ainda não há espaço para um veículo diário de qualidade devido ao tamanho do próprio município. Em entrevista ao portal, o empresário falou também da importância da mídia para a sociedade, liberdade de expressão, colunismo e necessidade de diploma para ser jornalista.

“Apesar de todo este crescimento em Içara, sempre acontecem fatos lamentáveis que nos muito entristece e ficamos na mídia com fatos negativos, devidos os maus encaminhamentos de certos cidadãos”, critica Augusto. “Agradeço esta oportunidade de conversar um pouco com os internautas do Canal Içara. Abordamos vários assuntos relacionando a nossa área de atuação e um pouco de nossa cidade”, destaca. A íntegra da entrevista está logo abaixo:


Formado em Economia, você optou pelo investimento em um jornal. O que despertou este interesse?
Sou formado em Economia e Administração de empresas. Sempre fui focado para o empreendedorismo, apaixonado pelo mundo dos negócios. Até chegar ao jornal, atuei em outras áreas. Mas, o que me despertou para este segmento foi o gosto pela área da comunicação. Agreguei minha formação ao prazer e, hoje, sou completamente realizado com o que faço. Quando eu iniciei no Gazeta era apenas colunista de economia e seis meses após sua fundação, o proprietário Ramon Teixeira me fez a proposta de comprar o jornal. O interesse veio de imediato. Abracei a nova empreitada e hoje estamos completando nove anos de grande sucesso em Içara e Região.

Qual a importância da mídia para a sociedade? Em ano eleitoral, esta importância aumenta?
Vejo que a mídia exerce uma grande influência na vida das pessoas, seja ela de qualquer classe social, criando verdadeiras necessidades de consumo, seja qual for o produto oferecido. Agora referente ao marketing político, com certeza temos ótimos marqueteiros onde através da mídia trabalham os perfis dos candidatos criando certa simpatia, por esse ou aquele. Por isso, deve haver muito cuidado com toda esta influência que nem sempre é benéfica para a comunidade.

Você acredita em liberdade de expressão? Até que ponto esta liberdade é possível?
A liberdade de expressão só é possível quando a imprensa estiver somente comprometida no seu foco principal, ou seja, informar a população com responsabilidade. Ela está atrelada ao comprometimento do veículo de comunicação, seja do seu vinculo com o setor público ou privado.

Como empresário do ramo, você acredita na necessidade de diploma para ser jornalista? Ou considera que a formação acadêmica é necessária para a produção de conteúdo?
O diploma do jornalista é um fator primordial. Não somente deste profissional, mas os outros. Nada melhor como ter um especialista deste perfil que busque pautas e conteúdos para que sejam trabalhadas com certas técnicas adquiridas somente nos bancos das universidades. Sua função é extremamente importante, pois ele é responsável por manter toda a sociedade informada e deve ser valorizado por isso.

Considera que a procura dos leitores ocorre por matérias ou notas de colunistas? Por quê?
Gosto muito de colunas. Cada colunista foca diretamente sua especialidade, tornando muitas vezes, certos assuntos mais fáceis de serem entendidos pelos leitores. Isto não quer dizer que as pautas são secundárias, pois matéria bem trabalha enriquece em muito um jornal. O colunista dá sua opinião sobre determinados assuntos, as matérias têm a função de informar sem desviar o foco do assunto. Ambos são importantes para um jornal.

Qual o critério de noticiabilidade você avalia que é mais atraente aos leitores do Gazeta (pessoas envolvidas, imediatismo, local do fato...)?
O Gazeta é um jornal local, por isso, a maioria dos leitores procura fatos que aconteceram aqui, em nossa cidade. As mais noticiadas e procuradas estão ligadas a pessoas envidas na sociedade, independente do setor que participa.

É possível um jornal local concorrer com veículos regionais e até estaduais?
Nosso foco são os assuntos que vão de encontro com a comunidade. Somos um jornal local que noticia e divulga com mais enfoque o que acontece em nossa cidade. Contudo, também abordamos notícias regionais que são de interesse de todos. Concorrer com outros jornais estaduais e regionais é possível. Para isso, apostamos no diferencial que sempre deve existir. Costumo dizer em minhas palestras que o jornal local sempre teve e terá seu espaço no mercado, independente das novas tecnologias.

O Jornal Gazeta é o semanário mais antigo de Içara. Há pretensão de se tornar diário?
Somos o mais antigo semanário de Içara e certamente o mais completo da região. Também costumo falar que em time que ganha não se mexe. Tenho certeza que Içara ainda não comporta um veiculo diário, com boa qualidade, devido o tamanho da cidade.

Quais os planos para o futuro da empresa então?
O primeiro passo já foi tomado. Estamos há poucos dias em uma moderna sede própria, o que possibilita que nossos trabalhos sejam realizados ainda com maior qualidade. Qualidade que sempre prezamos. Nosso leitor está sempre em primeiríssimo lugar e não podia ser diferente. Já quanto ao aumento de edição semanal estamos estudando sua viabilidade para torná-lo um bisemanários, mas tudo está no campo das ideias.

Se pudesse voltar no tempo, mudaria algo no empreendimento ou percorreria o mesmo caminho?
Não mudaria. Com o passar do tempo, as pessoas adquirem amadurecimento e experiência. Manter um jornal não é uma tarefa fácil e, muitas vezes, precisamos ser artistas para isso. Mas estou feliz com o trabalho que já realizamos.

No período de existência do Gazeta, quais as maiores mudanças que é possível destacar em Içara?
Nestes nove anos de existência, a maior mudança, sem sombra de dúvida, foi o crescimento da cidade em todos os aspectos: populacional, econômico e social. Hoje somos a 14ª economia do Estado. Isso nos orgulha muito, pois somos filho desta terra. Apesar de todo este crescimento em Içara, sempre acontecem fatos lamentáveis que nos muito entristece e ficamos na mídia com fatos negativos devidos os maus encaminhamentos de certos cidadãos.

E quais as mudanças que você prevê como necessárias para o futuro de Içara?
A mudança que acho essencial para alavancar nosso desenvolvimento está ligada há um bom Plano Diretor. Nós vivemos numa cidade cinquentenária, não sabemos para onde iremos se não tivermos um bom planejamento. O Plano Diretor será o grande norte para uma cidade ainda mais promissora, boa de morar e criar nossos filhos.