A vida em comum de João Henrique Brandão e Sálin Eggres vai além da filha e do casamento. Ambos também tocam bateria e possuem a mesma profissão: são diagramadores. Cabe a eles desenhar algumas das páginas de diferentes jornais que dezenas de leitores recebem em casa ou no trabalho quase todos os dias. “É uma responsabilidade fazer a junção do trabalho do fotógrafo e do jornalista de uma forma atrativa”, garante João.
“Meu tio era dono de um jornal em Tubarão e veio para o Rincão para criar um jornal. Como eu já tinha conhecimento em alguns softwares, ele me convidou e eu aceitei. Fui para Tubarão e tive um intensivo. Desde então já faz seis anos que trabalho com diagramação”, coloca. Sob a influência dele a namorada também entrou na profissão. “Pedi algumas dicas básicas, aos poucos fui aprendendo e ajudando até que acabei contratada”, indica Sálin.
“Até hoje ele me ajuda muito nessa área. A gente aprende junto”, completa. “Um diagramador precisa sempre estar atualizado nas tendências. Apesar de não precisar de diploma, estudamos e nos dedicar muito”, ainda enaltece. “Algo quase obrigatório é criatividade. Em um jornal diário, por exemplo, é necessário também pensamento rápido. Muitas vezes temos que fazer uma página em pouquíssimo tempo”, sublinha o marido.
“Cada região tem uma diagramação característica”, garante João. Mas segundo o casal, a valorização de boxes com informações adicionais é uma tendência nacional. Outra opção igualmente comum é a inserção das declarações das fontes jornalísticas em destaque. O artifício é denominado pela categoria como olho. A ideia em ambos os casos é apresentar dados rápidos para leitores cada vez mais habituados pela agilidade da Internet.
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