Içara possui 15 servidores municipais em auxílio-doença. Além disso, outros 12 estão em readaptação devido a alguma enfermidade que impede, por exemplo, que um professor fique em sala de aula, no entanto, não impossibilita atuar em outro setor. Alguns já até extrapolaram o tempo permitido. O problema é que a reavaliação de todos os profissionais criou pareceres adversos para aqueles que atuam no Estado e nem mesmo atingiram o prazo.
“Poderei ter que responder um processo administrativo já que no Estado continuo readaptada”, aponta uma das professoras atingidas. “Alegaram que todos deveriam voltar para as suas atividades de origem para enxugar os gastos. Tomo uma série de medicamentos. Também faço terapia, entretanto não poderei mais continuar”, reclama outra profissional efetiva que igualmente preferiu o anonimato com medo de retaliação.
“Fizemos uma lista de todos os servidores readaptados. Muitos já fazem mais de dois anos. E o estatuto diz que o servidor com mais do que dois anos deve ser encaminhado ao Instituto de Previdência. O que estamos fazendo é uma revisão”, coloca o secretário municipal de Administração, Tiago Fogaça da Silva. “Com essas informações no sistema a intenção é evitar a fuga de valores e também acompanhar os motivos de afastamento”, completa.
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