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Política

Assembleia geral afasta Pedro Gabriel

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Indiferente ao licenciamento médico, o presidente Pedro Deonízio Gabriel foi afastado do cargo neste sábado, dia 24. Além disso, os associados também aprovaram em voto aberto o afastamento do secretário Severiano Valentim e auditoria externa nos últimos quatro anos. Este foram os principais itens da assembleia extraordinária realizada pelo Conselho Fiscal no ginásio da Escola Professora Salete Scotti dos Santos. Ao todo participaram quase 400 pessoas.

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As medidas requeridas pelos conselheiros estão baseadas nos débitos. Conforme o conselheiro Giovani Martins da Silva, a distribuidora de energia pagou mais de R$ 1,9 milhão somente de juros para fornecedores, impostos e financiamentos entre janeiro e setembro. "Encontramos pagamentos efetuados em atraso para a Celesc em janeiro, fevereiro e março de 2012. Inclusive de parcelamentos, o que gerou multas e juros", ressalta. A dívida a ser paga em parcelas pelos próximos nove anos é calculada em R$ 23,7 milhões.

"A Cooperaliança captou R$ 5 milhões nos primeiros nove meses de 2012. O volume mais relevante, de R$ 3,4 milhões, ocorreu em fevereiro com a alienação dos veículos. Já deixamos registrado em ata que em próximas assembleias seja reformado o estatuto e limitado o poder do Conselho de Administração quanto a captação de empréstimos", defende. Também segundo ele, a realização da auditoria dos últimos quatro anos é justificada pelos juros, multas e empréstimos verificados nos últimos quatro anos.

"Para que não tenha nenhuma interferência no momento da auditoria, o Conselho Fiscal entende a necessidade do afastamento remunerado do presidente do Conselho de Administração Pedro Deonízio Gabriel e do secretário Severiano valentim pelo prazo de 60 dias, prorrogáveis por mais 30, já que são eles que ordenam as despesas, assinam os contratos, cheques e atos de responsabilidade cível pela Cooperaliança", acrescenta.

"O que fizeram foi um julgamento politiqueiro. É como se eu fosse condenado por um crime que nunca cometi. Para mim está claro que o Conselho Fiscal empreendeu uma perseguição apoiada pela Administração Municipal", critica Severiano. Já Pedro Deonízio Gabriel não participou do evento. Ele repassou o cargo para o vice Jorge Rodrigues na última sexta-feira.

Além das dívidas, a assembleia também prestou esclarecimento sobre a perda da área de atendimento em Sangão. "Em 2012 a Cooperaliança assinou um contrato com a Agência Nacional com regras próprias. E com isso também reconheceu que atendia a região de Sangão provisoriamente. O patrimônio no local foi avaliado em R$ 1,3 milhão e deverá ser ressarcido. Não existe nenhuma alternativa que não seja esta", coloca o diretor administrativo Tarcisio Lima.

CANCELAMENTO - A Cooperaliança tentou três liminares para barrar a realização da assembleia extraordinária. Entretanto, todas foram negadas. A última resposta ocorreu por volta das 12h20 deste sábado, dia 24. Conforme o advogado Chalton Richard Rodrigues Schneider, a empresa entrará com uma nova ação na segunda-feira. Desta vez para cancelar o efeito do evento.

A defesa é sustentada pela necessidade do Conselho Fiscal proporcionar direito a contradição antes de apresentar números. Além disso, não há previsão estatutária para o afastamento do presidente pelos associados. Por isso a prática não seria legal. Encerrada a assembleia, não foi feita a leitura da ata, tampouco a mesa foi assinada pelos participantes. O entendimento é que isto também coloca então em risco a validade da assembleia.

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