Ao contrário do que muitos imaginaram, o fim de semana não teve diminuição de ataques na região. Após incêndio em ônibus que conduzia trabalhadores da Seara, no bairro Jardim União, na noite de sexta-feira, durante a tarde de sábado e também à noite outros ataques foram registrados, sendo dois ônibus incendiados, dois caminhões e a casa de uma policial civil.
O primeiro atentado do fim de semana, planejado pela organização criminosa que até a noite de ontem já tinha ocasionado 38 ataques por toda Santa Catarina em poucos dias, foi a um ônibus que fazia a linha do bairro Renascer e estava sem escolta no momento. O tenente-coronel Márcio José Cabral, comandante do 9º Batalhão, esteve presente no local para averiguar a situação e chegou até a entrar em uma residência de um suspeito, mas ninguém foi encontrado.
“O ônibus saiu do terminal do bairro Próspera e estava sendo escoltado, mas por um momento a viatura se distanciou do transporte coletivo para atender a outra ocorrência, de um homicídio que ocorreu por aqui”, afirma Cabral. Quatro pessoas teriam participado do ataque. Como o outro, que aconteceu no Jardim União, mandaram os passageiros descer e atiraram os coquetéis molotov. Dos 20 passageiros, ninguém saiu ferido.
As escoltas foram intensificadas pela PM e os policiais que estavam de folga, mas em sobreaviso, começaram a trabalhar em um aumento do efetivo que foi convocado com urgência pelo comando. “Estamos com o dobro de viaturas, e na segunda-feira vamos aumentar os profissionais nos locais mais críticos”, define. De segunda a sexta-feira, o número de linhas circulando na cidade é maior. Foram usados 2,5 mil litros de água para conter as chamas, em um trabalho de 30 minutos do Corpo de Bombeiros Militar de Criciúma no segundo ataque a ônibus deste fim de semana.
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