Por volta das 20h Carlos Antônio Rodrigues se recolhe ao camarim. E a cada maquiagem que acrescenta, deixa a própria personalidade de lado para incorporar o palhaço Maxuxinho. A mutação faz parte das preparações para o espetáculo do Circo Fantástico. Aos 42 anos, sendo 20 junto com a trupe, o cearense só deixa de atuar quando chega a hora de trocar de cidade.
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"Meu pai também fazia parte de um circo. Mas somente aos 20 anos conheci ele. Dois anos mais tarde decidi seguir o mesmo caminho. Antes eu era caminhoneiro. Sempre gostei da estrada”, resume. A cada viagem, o palhaço acompanha a lona junto com outras 42 pessoas. Em um trailer, Carlos carrega junto a esposa, a filha e os cães de estimação.
Os shows de quase duas horas em que faz parte chegam a reunir até 1,3 mil pessoas. No picadeiro aparecem palhaços, trapezistas, contorcionistas, malabaristas, mágico e os pilotos que dão voltas no ar. Tudo isso em apresentações que dialogam para atrair ainda mais os olhares da plateia. Os ingressos são estabelecidos por setores. Variam de R$ 15 a R$ 20.
Fundado em Ipuaçu, em Santa Catarina, o Circo Fantástico já acumula 17 anos. Em Içara chegou no último dia 23 e já tem data marcada para a debandada. Sairá da margem da SC-444 no próximo dia 8 de abril. No período que resta será definido então o novo endereço. “O espetáculo é novo. Tem somente três meses e muitos quilômetros para percorrer”, acrescenta Márcio Júnior. Além da função administrativa, o gerente acumula também parte da locução, se inclui no globo da morte e interpreta o palhaço Coca-Cola.
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