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Segurança

Delegado confirma autoria de assassinato

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O assassinato de Vivian Lais Philippi ainda não tem uma motivação definida. A perspectiva do delegado Rafael Marin Iasco é que Mateus Júlio da Silva revele os detalhes do crime brutal durante a instrução do inquérito. Ele foi o último a fazer o exame dentre seis homens que também concederam saliva e sangue para comparação. O material do jovem de 18 anos teve uma probabilidade de 11 quatrilhões. Por isso a Polícia Civil não tem dúvidas da autoria. Além disso, está afastada a hipótese de envolvimento de mais pessoas.

“A prisão era para ser divulgada na data de hoje. Mas devido às redes sociais, foi antecipada. Isto atrapalhou um pouco”, coloca o delegado. De acordo com ele, a repercussão causou dificuldade em ouvir pessoas próximas de Mateus. “Temos menos de 30 dias para encerrar os trabalhos”, sublinha. Mesmo antes da conclusão já está definido sobre quais crimes ele responderá. Será indiciado por estupro seguido de homicídio qualificado praticado por asfixia com o uso, possivelmente, de uma camiseta.

“Pedimos a prisão temporária com base no reconhecimento e no laudo que o perito nos passou por telefone. Ontem chegou o laudo e foi confirmado que Mateus ceifou a vida de Vivian”, relata. O primeiro reconhecimento foi feito por uma pessoa que viu o garoto sair do local. A mesma testemunha caiu em choro e passou mal ao ver o rapaz na delegacia. A Polícia Civil chegou a analisar ainda 300 cadastros telefônicos na tentativa de encontrar suspeitos.

“Mateus não tinha nenhum antecedente. Por isso afastamos inicialmente as suspeitas”, diz o delegado. “A família dele ficou espantada. Até a polícia se surpreendeu”, relata. Também conforme o delegado, o garoto informou que no dia 4 de março estava na casa da namorada. E negou a participação no crime. Quanto aos arranhões no corpo, tentou justificar com uma queda de bicicleta. Chegou inclusive colocar a culpa no irmão de 14 anos pela autoria do crime.

Conforme Rafael, a principal denúncia para o sucesso das investigações chegou pelo 181. “A família também ajudou muito”, acrescenta. "Ele pode sair vivo. Mas aqui fora ele não ficará vivo", ameaça a mãe da jovem, Anna Luiza Müller Philippi. "Que direitos humanos este monstro poderia ter? Só aqui na porcaria do Brasil", desabafa. Toda a entrevista coletiva realizada na delegacia nesta tarde foi acompanhada pelos familiares da vítima abusada e assassinada aos 17 anos.

Conforme o gerente mesorregional de pericia, Northon Santos Machado, o material enviado na quarta-feira teve o resultado apresentado dois dias depois, ou seja, horas antes da prisão temporária. O sucesso foi possível principalmente pela qualidade da coleta. Além do material que havia embaixo da unha de Vivian, amostras também chegaram a ser analisadas das roupas íntimas dela, mas sem a possibilidade de um resultado positivo devido a contaminação com sangue. “Toda a equipe da Polícia Civil e do IGP está de parabéns”, fecha Rafael.