Mais de 40 casos de violência contra a mulher já foram acompanhados pela equipe multidisciplinar do Centro de Referência Especializado de Assistência Social. “Sabemos que o número é maior, mas muitas pessoas não denunciam por conta do medo”, destaca a coordenadora do Creas, Lúcia Pizzetti.
A maioria dos casos identificados no município já apresentam um histórico na fase da infância e adolescência. Do número de agressões registradas, a maioria tem ligação com o consumo de álcool ou drogas e uma grande parcela das mulheres que sofrem violência alega que não rompe o vínculo com o agressor devido à dependência econômica ou fator emocional.
A violência contra a mulher foi discutida no primeiro fórum içarense sobre o assunto nesta última quarta-feira, Dia Internacional de Combate à Violência contra as Mulheres, 25 de novembro. O evento organizado pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social estabeleceu um protocolo no fluxo de atendimento e debateu o suporte psicossocial.
“Todo o trabalho tem por base garantir o direito de todos os cidadãos. Enquanto não acabamos com este mal, que todas encontrem conforto e atendimento em nossos serviços”, coloca o secretário municipal de Assistência Social, Ademar Pires. “É importante também que as denúncias sejam feitas”, acrescenta a policial civil, Ludmila de Oliveira Daufemback.
“Sempre que nos procuram para obter informações indicamos o município de Içara como um bom exemplo”, coloca a assistente social da Federação Catarinense dos Municípios, Janice Merigo. “A ação é bastante interessante, mas é triste se pensarmos que em pleno século 21 ainda precisamos discutir esse assunto”, indica a primeira-dama Ceneli de Freitas Gastaldon.
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