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Costurando a folia de Carnaval

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Enquanto muitas pessoas se preparam para festejar o Carnaval, outras aproveitam o período para incrementar a renda em casa e fazer o que mais gostam na vida, arte. A costureira Vera Marques, 59 anos é uma delas. Natural de Urussanga, mãe de quatro filhos, ela já morou no Rio de Janeiro e também em Florianópolis, mas é no Rincão que ela vive com a família e aproveita os contatos já feitos em outras cidades para trabalhar principalmente, com a criação de roupas para as folias de momo.

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Há 12 anos, ela atua o ano todo quase que exclusivamente para a confecção de fantasias. No currículo ela carrega além da experiência, trabalhos importantes como à criação e os bordados de fantasias para o casal de mestre-sala e porta-bandeira da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, do Rio de Janeiro. “Eu morei um tempo lá e comecei a trabalhar para a escola na confecção das roupas usadas nos desfiles, tinha muitas fotos das peças que fiz, mas com o Furacão Catarina acabei perdendo todas as fotos. Hoje guardo tudo na memória”, disse Vera.

Durante todos estes anos de experiência, os temas das fantasias sempre foram muito voltados para a atualidade. Praticamente todos eram peças originalmente criadas com a moda e a situação do momento. Contudo, sempre havia um espaço para os tradicionais biquínis bordados utilizados pelas mulheres que desfilam sempre com peças pequenas em tecidos, mas ricas em customização e pedrarias. Este ano, além de algumas peças para blocos que desfilarão na Rua Paraná, no Rincão, dona Vera, como é conhecida no Rincão já entregou algumas fantasias da boneca Barbie e de Princesas que farão à festa da criançada nos clubes mais tradicionais de Florianópolis, na Capital do Estado. No ano passado foi das mãos dela que saiu o bloco “Filhos de Gandhi”, utilizado pelo Bloco Ile Ayê, no Carnarincão.


ARTISTA UNE PAIXÃO E EMPREENDEDORISMO

A costureira que foi criada em um colégio de freiras até os 19 anos de idade. Saiu apenas para se casar, aprendeu muito do que sabe aos 14 anos. A profissão, além de sua grande paixão sempre foi o porto seguro, uma função que garantia o sustento da casa e dos filhos. Todas as roupas deles e agora das duas netas, Clara de 10 anos e Giovana de 7 meses, são feitas por ela. Orgulhosa, Vera conta que faz inclusive as roupas das noras. Ninguém da família fica na mão quando ela não está preparando as roupas dos clientes.

Mas, agora ela prepara a instalação de um ateliê em sua casa, na Rua Laguna, para conseguir espaço também para a criação e comercialização de suas confecções próprias. “Quero um local exclusivo para atender os clientes, e além das fantasias vou trabalhar com costura para particulares”, explica.

Mesmo diante de tantos anos de experiência no assunto, ela não parou no tempo e sempre busca estar atualizada. O último curso que fez foi de patchwork, uma técnica criativa de aproveitar e misturar tecidos, pedrarias e bordados para criar enxovais, roupas, acessórios e tudo o que a imaginação permitir. “Sempre guardei retalhos e também sei onde buscar os tecidos mais em conta para investir em coisas bonitas para vender. Agora é só esperar a hora certa para começar”, disse ela.


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