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Cotidiano

Planos, cenas e sequências que viram filmes

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Ao assistir um filme é comum se envolver na história. E devido aos sentimentos despertados, na maioria das vezes não se percebe a montagem, o corte entre sequências, entre cenas e os planos. Mas para quem deseja montar um vídeo, são observações necessárias. “Essa é a função do montador: transformar um amontoado de planos, aparentemente desconexos, numa unidade rítmica, pulsante, na qual o espectador mergulhe e não se dê conta dos aspectos técnicos envolvidos por trás da produção”, lembra o cineasta içarense, Danilo Mello.

“Cabe ao montador escolher o que mostrar e, principalmente, o que não mostrar em determinada cena; pontuar as sensações que a narrativa fílmica deseja passar; pensar a passagem do tempo. Claro que há momentos em que a percepção da montagem é inevitável ou desejável. Mas tudo leva em conta a narrativa e os objetivos que se quer alcançar com ela”, orienta.

A unidade mais básica nesta construção é o plano. Em casos extremos pode ser um frame. “Decorre do momento em que o diretor diz gravando até o momento do corta”, indica. Já os planos formam uma cena. “A duração de um plano influencia diretamente no significado ao expectador. Caso um plano dure alguns segundos, ou mesmo frames, o resultado pode ser alterada e o que antes seria um plano romântico, por exemplo, pode se tornar um plano constrangedor”, adverte.

Por vez, as cenas formam uma sequência. “Na cena da casa acompanhamos alguém que levanta do sofá e vai para a rua e brinca com o seu cachorro, ou alguém que sai da sala e vai para o quarto”, exemplifica. Ao final de todo este processo, o conjunto de sequências compõe então o filme. “Claro que existem exceções, um filme pode ser formado por um único longo plano-sequência (Arca Russa, 2002, Aleksandr Sokurov; Ainda Orangotangos, 2007, Gustavo Spolidoro)”, relata.