A lentidão de processos e a necessidade de valorização da atividade mobilizou advogados de Içara e trouxe a Ordem dos Advogados do Brasil ao município nesta segunda-feira, dia 3. A partir do encontro no auditório da Cooperaliança, promovido pela subseção de Criciúma, a categoria vai acionar cartórios para observar a conduta de advogados e também das orientações repassadas, por exemplo, na elaboração de inventários. "Nos colocamos à disposição também para uma rotina de reuniões que possam ser utilizadas para discutir a implantação da terceira vara e outras demandas", coloca o presidente Fábio Jeremias de Souza.
"Temos a estrutura física, mas não temos ainda a terceira vara, que já seria atrasada", aponta ainda o advogado Walterney Ângelo Réus. "Tem processo concluso para sentença que demora mais de um ano", reclama Fernando Cardoso Silveira. Somente na segunda vara, 600 processos são ingressados ao mês. Com a implantação de uma vara bancária em Meleiro, a perspetiva é que sejam 80 a menos. Além disso, 1,5 mil demandas serão migradas. Até que ocorra a ampliação da estrutura jurídica no Fórum de Içara, a expectativa é que o tribunal possa designar pelo menos um juiz cooperador para reduzir os prazos de espera.
"Precisamos fortalecer a categoria e voltar a discutir os problemas locais", propõe Mário César Serafim. "A tabela da OAB está defasada. Se não nos unirmos, ninguém vai nos proteger", exemplifica Idelfonso Leal de Souza. Uma das propostas atualmente em discussão é que a consulta tenha o valor mínimo de R$ 160, abaixo da referência estadual de R$ 350, mas ainda maior do que o praticado por alguns profissionais. "Daremos encaminhamento para todas as sugestões e buscaremos algumas respostas para a próxima reunião no dia 25 de abril", pontua Fábio.
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