O talento para transformar a madeira em móveis veio da família. Antônio João Espanhol fazia engenhos de açúcar e farinha. Tudo de forma artesanal. "Ele morreu aos 91 anos. Na época eu tinha 10. Por isso não cheguei a vê-lo trabalhar. Meu avô passou o ofício ao meu pai e assim pude ter contato com a carpintaria", coloca.
Para Kilian Piucco não foi muito diferente. “Meu avô era carpinteiro e meu pai foi marceneiro. Trabalhei junto. Acho gostoso fazer artesanato. Precisamos apenas das mãos, da matéria-prima e da criatividade para moldar a madeira, gesso, resina, o ferro ou outros materiais que estiverem à disposição”, enaltece.
Além de amigos, Jorge e Kilian são sócios desde 2016. O trabalho iniciou com a adequação de todo o espaço e a confecção das próprias placas. A partir da produção de um aparador foram montados também bancos, jardins verticais, adegas, cachepôs e placas artesanais. Desde agosto eles atuam na Oficina da Decoração, na Rodovia Ângelo Valvassori.
"Uso a madeira para me expressar. Criamos peças de arte. E isso é muito gratificante", coloca Jorge. Mesmo que feito nas mesmas proporções, nenhum móvel sai igual. Os adornos metálicos ajudam a compor o estilo retrô à madeira de demolição transformada. "São itens criativos que servem para imprimir personalidade ao ambiente", completa.
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