Segundo estimativa do Departamento de Infraestrutura de Santa Catarina, ainda há cerca de R$ 5,4 milhões em indenizações a serem quitadas para a construção da Via Rápida. E uma parte desses valores deve ser paga ainda neste mês. “Em alguns casos houve divergências de valores, porém já conseguimos chegar a um acordo com os proprietários dos terrenos”, projeta o superintendente regional, Lourival Pizzolo.
“Quanto aos casos que estão na Justiça, vamos aguardar para ver”, completa. Um deles é do produtor rural Alirton Mazzuchello, da comunidade de Morro Bonito, em Içara. “Estamos já há cinco anos nesta situação, sem haver uma solução do problema. É complicado viver assim. Não dá mais de trabalhar porque estão utilizando o terreno e, além disso, ainda não recebemos os devidos valores para pelo menos pensar em fazer alguma coisa”, reclama.
O principal problema é o valor oferecido pela área. Mazzuchello afirma que o Deinfra ofereceu R$ 36 mil por hectare. “Não dá nem de pensar em recomeçar todo o trabalho em uma área diferente. O terreno vale muito mais do que isso. Há cinco anos, era estimado em mais de R$ 100 mil”, alega. De toda esta área, pelo menos três hectares eram utilizados para cultivar milho, feijão e arroz. “Estou com as estufas paradas e agora vem o prejuízo”, declara.
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