Dentre quase 5 mil projetos inscritos, Julmara Goulart Sefstrom está entre os 50 trabalhos finalistas do Prêmio Educador Nota 10. A expectativa agora é pela seleção top 10 da Editora Abril, que deve ser divulgado no próximo dia 17. Os 10 vencedores ganharão um vale-presente de R$ 15 mil, além de todas as despesas pagas para participar de uma semana de imersão e da cerimônia de premiação, em setembro, em São Paulo, além de uma comemoração na própria escola. O Educador do Ano, escolhido pela Academia de Jurados, receberá mais R$ 15 mil.
Durante o ano de 2018, Julmara desenvolveu com os alunos da Escola Antonio Guglielmi Sobrinho a visita a prédios e espaços que fazem parte do Patrimônio Histórico de Içara. Além da apreciação de obras de artistas e de espaços como a Casa do Ferroviário Anselmo Cargnin, o projeto “Conexões: memória, patrimônio e arte” proporcionou a construção de caixas com relicários das famílias dos estudantes do quinto ano do bairro Vila Nova e ainda exposições.
“O ensino da arte não pode ser reduzido às produções legitimadas pelas instituições culturais. A aprendizagem de arte precisa alcançar a experiência e as vivências artísticas como prática social, permitindo que os alunos sejam protagonistas e criadores”, destaca a educadora. “Também realizamos saídas fotográficas para registro de patrimônios locais, além de incentivar produções artísticas para comunicar memórias. Os alunos também visitaram o prédio da Prefeitura enquanto patrimônio da cidade. Tudo foi registrado em portfólios pelas crianças”, conta.
Julmara é pesquisadora do polo Arte na Escola, da Unesc, e foi por meio dos estudos e pesquisas realizadas em 2017 que nasceu a semente do projeto. “O polo Arte na Escola tem encontros semanais na Unesc, gratuitos, e é aberto a todos os professores que se interessam por arte. Por isso, friso a importante de investirmos na formação, quando nós educadores estamos em constante aperfeiçoamento, ganha a cidade, a educação e o país, independente da rede de ensino”, coloca.
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