Há 30 anos buscando formar cidadãos e originando histórias. Esta é a escola municipal Lúcia De Lucca, do bairro Jardim Silvana, que no último dia 12 celebrou três décadas de existência. Embora o aniversário já tenha ocorrido, como se trata de uma data importante, este será um tema debatido ao longo de todo o ano.
“Fizemos o nosso planejamento para que sejam trabalhados de forma abrangente esses 30 anos da escola. Os alunos, assim como toda a comunidade, devem conhecer a história da escola, devem ter contato com isso. Então, será feito um trabalho ao longo de todo o ano, nas mais variadas disciplinas”, conta a coordenadora pedagógica, Priscila Fernandes.
“Cada turma vai trabalhar com uma parte da história da escola. Uma turma, por exemplo, ficará responsável por captar a história dos primeiros funcionários. Outra turma vai falar da estrutura da escola. Outra vai contar sobre a história da Lúcia”, detalha sobre o ano letivo sob o tema “Lúcia De Lucca – 30 anos resgatando histórias”. A ideia é criar um livro.
As comemorações iniciaram há duas semanas. “Foi algo simbólico, realmente para não deixar a data passar em branco”, comenta Priscila. Atualmente, a escola atende 240 alunos em turmas do primeiro ano ao quinto ano do ensino fundamental. No local também funciona a Educação de Jovens e Adultos (EJA). A escola conta com 22 profissionais.
Escola iniciou com 33 estudantes
A Escola Lúcia De Lucca foi criada em 1987 sob uma necessidade apresentada pela comunidade do bairro Jardim Silvana. De acordo com Omilde Albertina Mazzuco, uma das primeiras professoras da instituição, até então os estudantes eram obrigados a se deslocarem ao Centro para estudarem no Antônio João (atual Salete Scotti dos Santos) ou no Cristo Rei.
“O Jardim Silvana ainda era perímetro rural na época, bem depois que virou uma área urbana. E foi então que iniciamos a busca pela possibilidade de se ter uma escola. Conseguimos o número mínimo de alunos e então foi fundada a escolinha do bairro”, relembra. Ela começou na instituição em 1987 e seguiu até 2003. A primeira turma tinha 33 alunos.
De acordo com o relato de Albertina, a escola funcionava num antigo armazém. Passou por outros dois lugares até chegar ao local atual. “Era muito difícil. Trabalhávamos com multisseriado (alunos de diferentes séries ao mesmo tempo) e fazíamos de tudo, desde o trabalho de professora à merendeira e psicóloga”, diz a aposentada.
“No começo era bem precário. Inclusive quando foi para o lugar onde é hoje, muitas vezes aos fins de semana a gente se reunia para pegar a enxada e ir arrumar, porque era algo muito complicado”, completa. “É um prazer grande em ver este crescimento da escola. É o resultado do trabalho de muitas pessoas”, afirma.
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