Não há uma meta definida contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) em Içara. Mas a cidade já está munida de vacinas. Foram recebidas 700 doses, neste ano, extensivas ainda aos meninos entre 12 e 13 anos. “Todas as unidades de saúde com sala de vacinação estão abastecidas. À medida que houver necessidade vamos requisitar mais doses”, coloca a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Içara, Laura Gomes Maté.
Os cânceres de garganta e de boca são o 6º tipo no mundo, com 400 mil casos ao ano e 230 mil mortes. Além disso, mais de 90% dos casos de câncer anal são atribuíveis à infecção pelo HPV. O HPV é passível de infecção com uma única exposição ao vírus, na maioria das vezes, por meio da relação sexual desprotegida. No entanto, o vírus também pode ser transmitido através do contato com mãos, objetos, toalhas e roupas contaminadas.
O Brasil é o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer a vacina para meninos em programas nacionais. A expectativa é que mais de 3,6 milhões de garotos sejam imunizados com duas doses, além de 99,5 mil jovens com HIV/Aids com três aplicações. A faixa-etária será ampliada até 2020 para inclusão dos meninos a partir dos nove anos. Entre os garotos, a prevenção é aos cânceres de pênis, garganta e ânus.
Também receberão as doses as meninas que chegaram aos 14 anos sem tomar a vacina ou que não completaram as duas doses indicadas. A estimativa é de que 500 mil adolescentes estejam nessa situação. Até o ano passado, a faixa etária para o público feminino era de 9 a 13 anos. Nas meninas, o principal foco da vacinação é proteger contra o câncer de colo do útero, vulva, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas; verrugas genitais e infecções causadas pelo vírus.
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