O evento tão esperado por jovens católicos do mundo inteiro finalmente começou. Desta terça-feira até domingo, o Rio de Janeiro recebe os fiéis para a Jornada Mundial da Juventude. Da região Sul, cerca de 600 pessoas serão enviadas à JMJ, segundo o pároco da Catedral São José, padre Antônio Júnior. Os primeiros peregrinos saíram ainda no fim de semana para a capital fluminense. Os últimos grupos devem partir quinta-feira para participarem dos últimos três dias do retiro espiritual, que tem como lema “ide e fazei discípulos entre todas as nações”.
Entre os mais de 2,5 milhões de religiosos, o içarense Diego Vieira, de 26 anos, será um dos que estará mais perto do Papa Francisco. Ele é o representante da Diocese de Criciúma que poderá estar presente em dois atos centrais que irão contar com a participação do Pontífice. Assim como ele, cada Diocese do Brasil enviará um representante para estar no mesmo palco que o Santo Padre.
Para ele, que há 14 anos desenvolve trabalhos com a juventude católica, a escolha de seu nome é vista como forma de reconhecimento pelo trabalho desencadeado. “O bispo (Dom Jacinto Flach) entrou em contato comigo, perguntando se eu queria ser o representante da nossa diocese nos dois eventos. Para mim, essa indicação veio a coroar todos esses anos de trabalho junto à juventude. Acho que fui lembrado por estar presente em todos os atos da JMJ, como a chegada da cruz”, comenta ele, que irá participar do evento juntamente com a esposa, Elaine Biava, de 26 anos. Vieira conta que foi credenciado para a vigília, no sábado, e missa de envio, no domingo.
Apesar de ter a oportunidade de estar tão próximo do Papa, ele diz que não espera conseguir falar com ele. “Não tenho toda essa expectativa. Não sei se vou poder chegar tão perto dele. Mas com certeza se isso acontecer eu vou pedir uma benção para ele e entregar a bandeira do Ministério Jovem, que estarei carregando durante o evento”, frisa.
O jovem casal espera por este momento há cerca de dois anos. “Quando ficamos sabendo que a jornada seria no Brasil, já tinha decidido que nós iríamos. Não sabíamos como ou em quais condições, mas como seria no Brasil nós teríamos que dar um jeito de ir, pois esta é uma oportunidade única. Dificilmente terei outra oportunidade de participar de uma jornada, pois deve ser raro ele vir para o Brasil de novo e no exterior se torna muito caro. Para o Brasil será um momento histórico”, comenta ele, que desde os 12 anos participa de grupos de jovens. Atualmente ele faz parte do Ministério Jovem da Renovação Carismática Católica da Diocese de Criciúma.
O padre Antônio Júnior lembra que os missionários terão a oportunidade de trocar experiências com jovens do Brasil e do mundo. “Será uma nova experiência para eles, bastante marcante, pois no evento estarão reunidos mais de dois milhões de jovens pela fé, para conspirar pelo bem. Os jovens são agentes de transformação para fazer um mundo melhor, respeitando a vida”, enaltece o pároco. “Espero voltar melhor, mais motivado para trabalhar com os jovens, para que as pessoas daqui possam sentir um pouco do que sentimos lá”, fala Vieira.
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