Após reunir-se na quarta-feira com a procuradora da República Patrícia Muxfeldt, em Criciúma, o presidente do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Paulo Meller, garantiu que as obras da Via Rápida (SC-446) seguirão normalmente. O Ministério Público Federal (MPF) de Santa Catarina havia recomendado a suspensão imediata dos serviços até que fossem devidamente resgatados os sítios arqueológicos encontrados no percurso da rodovia, que vai ligar Criciúma à BR-101.
“Tiramos algumas dúvidas e explicamos caso a caso à procuradora. Concordamos que em 72 horas, técnicos do Deinfra estarão aqui, juntamente com técnicos do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), para fazer novos laudos. Eles vão mostrar que o Deinfra está dentro das normas e cumpriu tudo o que prevê a legislação”, afirma Paulo Meller.
Ele diz também que o órgão vai contratar uma empresa para elaborar o plano de resgate dos sítios. “Foi o próprio Deinfra que descobriu os sítios arqueológicos durante a execução, mas apenas um está na obra, os outros ficam fora. Mesmo assim, ninguém mexe. Estão cercados, ninguém entra. Não haveria a necessidade de paralisação das obras por causa deles”, garante.
Meller conta ainda que apresentou à representante do MPF os documentos protocolados junto à Fundação do Meio Ambiente (Fatma) para a obtenção da Licença Ambiental de Instalação (LAI). “O Deinfra não fez nada de equivocado e por isso entendemos que não teria por que parar a obra, tão importante para Criciúma e região”, finaliza.
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