O presidente deposto pelo regime passa a fazer parte de uma placa no Centro de Içara a partir desta segunda-feira, dia 31. A data é uma referência direta aos 50 anos do golpe militar no país. A discussão sobre a mudança de Castelo Branco para João Belchior Marques Goulart ocorreu com a visita do filho, João Vicente Goulart. A partir de junho foi então oficializado o novo nome. O movimento atinge toda a América Latina com a intenção de retirar a homenagem a ditadores de logradouros, praças e monumentos.
"Em parte da minha juventude não soube o que era a democracia. Não se podia votar para prefeito, governador e presidente. Resgatar e lembrar dessa memória pode ser simples para algumas pessoas. Mas na verdade tem uma força muito grande para garantir que a democracia se consolide e para quem pense em fazer algum golpe saiba que a história é implacável", coloca o prefeito Murialdo Canto Gastaldon. "Estamos fazendo história", coloca o vice Sandro Giassi Serafin.
"Meu pai teve livros que precisaram ser enterrados, pois havia o risco muito grande de serem confiscados. As vezes a punição também era muito severa. As pessoas não tinham nem noção do que era ser comunista. Na cabeça de muitos era como ser traficante ou bandido. Era uma ideia muito diferente. Na minha infância sofri muito preconceito. Ficou marcado. A minha teimosia acho que já vem daquela época", coloca o secretário municipal de Educação, Antônio de Mello. O ato teve a participação ainda de outros integrantes do colegiado municipal, além de vereadores e da Fundação Cultural de Içara.
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