Um mundo solitário se transformou em uma Automakina cheia de vida na Praça da Matriz São Donato na tarde deste sábado, dia 16. Bonecos e animais receberam um pouco da genética do Duque Hosain´g. Em consequência da identidade replicada, também deram autosobrevivência ao personagem embarcado em 1,1 toneladas de estrutura. "Brincamos um pouco com o DNA de tudo o que ele faz", relata o ator Luciano Wieser, do Grupo de Pernas Pro Ar, de Canoas (RS). A apresentação atraiu dezenas de expectadores, artistas da região e do país na abertura do I Festival Nacional de Teatro Revirado.
"A máquina já estava na cabeça, havia desenhado e escrito. A partir disso muita coisa surgiu. Um processo alimentou outro e ainda hoje está em mutação. Hoje inserimos um pássaro em cena. Foram três anos para a construção de tudo com até 16h por dia de trabalho. A parte artística montei sozinho. Precisei aprender muito sobre os materiais. Mas a dramaturgia foi construída durante o processo com o diretor Jackson Zanbelli", completa. "Desde muito cedo tive ligação com a construção. Comecei com o teatro de bonecos, fiz circo até chegar ao teatro das engenharias. Teatro é a vida inflada sob uma nova ótica, uma lente que aumenta ou diminui a nossa realidade", acrescenta.
"Escolhemos espaços democráticos para o festival. Queremos que a arte possa chegar a lugares incomuns, nas pessoas que estão passando na rua e são surpreendidas. Teremos mais de 50 apresentações. Neste ano o evento foi motivado pelos 20 anos do Cirquinho do Revirado. Em 2018 serão por outros motivos", enaltece o produtor cultural, Reveraldo Joaquim. "A ideia é fomentar a arte em toda a cidade. Deixamos uma semente com a união de etnias, música e demais atividades através da junção da cultura e do esporte. Além das oficinas que já oferecemos, pretendemos aumentar as opções, inclusive com teatro", relata o diretor de Cultura do Município, Harlan Mello.
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