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Cotidiano

Simone Cândido: Nutrição infantil e restrições alimentares

Confira a segunta parte do artigo de Mônica Bif Felisberto

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Alergias tardias mediadas por IgE geralmente são as mais difíceis de controlar e de se obter uma cura. Intolerância à lactose é à incapacidade do corpo produzir a enzima lactase dificultam que o leite seja digerido pelo sistema gastrointestinal. Crianças intolerantes sentem muitas dores abdominais e tem episódios de diarreia. Já a doença celíaca é uma doença autoimune causada pela intolerância ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados, provocando dificuldade do organismo de absorver os nutrientes dos alimentos, necessária uma mudança da dieta excluindo totalmente os alimentos com glúten.

Em todos os casos de alergia e intolerâncias, é interessante um cuidado especial com o intestino. Sabe-se que ali é desenvolvido cerca de 80% da nossa imunidade. O uso de probióticos, prebióticos, alimentos anti-inflamatórios, antioxidantes, ajudam na cicatrização do intestino, melhorando a saúde como um todo.

Crianças são consideradas seletivas quando recusam um determinado tipo ou grupo de alimento por mais de 10 vezes, preparado de formas diferentes. O mais severo é quando a criança come menos que 10 alimentos diferentes. Nesses casos o recomendado é a terapia alimentar, até mesmo terapia psicológica dependendo do caso. O que pode ajudar as crianças e adolescentes a se alimentarem melhor e evitar casos assim? Como falado anteriormente, um bom preparo da mãe antes de engravidar, recomendado é uma pré-concepção com dieta e suplementação específica por no mínimo 3 meses antes de engravidar (vale para os pais também), amamentação exclusiva até os 6 meses quando possível, e na necessidade de incluir a fórmula, importante não deixar de oferecer o peito e o ideal suplementar com probióticos.

Introdução alimentar somente a partir dos 6 meses, feita de forma participativa, deixando o bebê sentir a textura dos alimentos, fazendo as preparações oferecendo todos os grupos alimentares, carnes, leguminosas, cereais, tubérculos, verduras, legumes e frutas, de forma no início apenas amassadas com garfo, sem liquidificar, e ir aumentando a textura para estimular a mastigação. Não oferecer alimentos industrializados e ultraprocessados antes dos 2 anos, são ricos em sal, açúcar e corantes e condimentos artificiais, além de conservantes, que podem causar alergias.

Ofereça comida de verdade. A partir dos 3 anos a criança, com supervisão, pode ajudar nos pré-preparos da cozinha, ajudar a lavar os legumes, as frutas, fazer um bolo saudável. Quem tiver espaço, ajudar a cultivar uma horta, levá-lo à feira para ajudar a escolher as verduras da semana, inserir a criança na rotina familiar, fazendo ela se sentir também protagonista pela sua alimentação. Fazer as refeições junto com a família, sentado à mesa, sem distrações, sem celular ou TV ligados, você precisa sentir e observar o que está comendo, não pode ser algo feito no piloto automático. Preparar as refeições e comprar os ingredientes juntos, ajuda bastante, o papel social do comer.

A comida carrega em si uma grande influência afetiva, memórias boas e ruins, as crianças aprendem pelo exemplo dos pais. Evitar a monotonia alimentar, só um tipo de comida todo dia. Comer é nutrir o corpo, a alma e o espírito. Tentem fazer desse momento com os filhos um momento leve, tranqüilo, em paz e sem cobranças, sem forçar pra comer mais ou insistir pra provar algum alimento de que não goste, mas promovendo um momento bonito em família, onde possam conversar como foi seu dia, fazer uma oração juntos, agradecer pelo alimento e dar valor àquele momento, juntos. E se o seu filho não come, não esqueça, ali existe uma razão, procure um Nutricionista que será um profissional habilitado para lhe ajudar a descobrir o caminho da alimentação saudável possível."