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Economia

Andreia Limas: Geração de empregos supera números pré-pandemia

A Região Carbonífera alcançou uma marca importante nos últimos meses

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Tenho abordado frequentemente neste espaço a geração de empregos. Primeiro porque, com a pandemia e as restrições às atividades econômicas, se projetava um cenário de quebradeira, elevando o desemprego a patamares recordes no país. Depois porque os níveis de emprego representam um dos principais indicadores sobre a alta ou a queda da economia.

Volto ao assunto porque a Região Carbonífera alcançou uma marca importante nos últimos meses, demonstrando que a crise foi bem mais amena do que se esperava e há claros indícios de recuperação na área econômica. Tanto que, somados, os 12 municípios já criam mais empregos do que antes da pandemia.

Caged

O Ministério da Economia divulgou na última quinta-feira, dia 29, os dados de setembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e novamente os números da Região Carbonífera são animadores, representando o terceiro melhor saldo do ano na geração de empregos formais. Na soma, os 12 municípios contabilizaram 1.396 novos postos de trabalho com carteira assinada, desempenho abaixo apenas do obtido em fevereiro e em agosto.

Tendência de alta

Confirmando a tendência de alta registrada já a partir de 2019, no segundo mês de 2020 a Região Carbonífera teve 1.430 contratações a mais que desligamentos. Já com os primeiros impactos da pandemia de coronavírus, em março o saldo começou a diminuir e a região amargou em abril e maio mais demissões do que admissões. Mas a economia deu os primeiros sinais de reação em junho, com o saldo voltando a ficar positivo. No mês seguinte, a região obteve então o segundo melhor desempenho do ano, com saldo de 1.212 empregos. No entanto, o maior de número de vagas da região em 2020 viria em agosto, quando foram abertos 1.473 novos postos de trabalho formais.

Içara

Com o desempenho de setembro, a região registra, no acumulado do ano, saldo positivo de 1.638 empregos, puxado principalmente por Içara, que nos três primeiros trimestres do ano acumulou 759 admissões a mais que desligamentos, o equivalente a mais de 46% do total. A seguir, aparecem Urussanga, com 529, e Forquilhinha, com 488. No período, o setor que mais adicionou vagas em Içara foi o de serviços, com 424, seguido pelo comércio (340). A construção e a agropecuária também mantêm saldo positivo, de 43 e nove empregos, respectivamente, enquanto a indústria ainda acumula a perda de 57 postos de trabalho formais.

Balneário Rincão

Balneário Rincão também tem saldo positivo de empregos no acumulado do ano, com 43 contratações a mais que desligamentos. Setor que mais emprega na cidade, os serviços são responsáveis por acrescentar 91 vagas, atenuando a perda de empregos no comércio (46 entre janeiro e setembro) e na construção (seis no período). Ainda contribuíram positivamente a indústria, com três vagas, e a agropecuária, com uma.

Criciúma

Maior cidade da região, Criciúma ainda tem 464 demissões a mais que admissões no acumulado do ano. Entretanto, vem se recuperando mês a mês, tanto que baixou o saldo negativo, que era de 1.010 vagas até agosto, ao registrar 597 contratações a mais que desligamentos em setembro. Entre os demais municípios da região, têm saldo positivo de empregos no acumulado do ano: Nova Veneza (293), Siderópolis (133), Lauro Müller (66) e Treviso (39). Já em Cocal do Sul, Orleans e Morro da Fumaça o saldo ainda é negativo em 127, 70 e 51, respectivamente.

No Estado

A tendência de alta é verificada também em Santa Catarina, que alcançou novamente um número significativo na geração de empregos formais do país. O Estado teve um saldo positivo de 24.827 vagas em setembro, mantendo o melhor desempenho na região Sul e terceiro maior saldo acumulado do país. Apenas São Paulo (75.706 postos) e Minas Gerais (36.505 postos), os dois estados mais populosos do Brasil, obtiveram resultados superiores em números absolutos.

No país

A marca de três meses seguidos com saldo positivo no Caged, com a geração de 313.564 novos postos de trabalho com carteira assinada em setembro, confirma “a retomada em V da economia brasileira em 2020”, na análise do ministro da Economia, Paulo Guedes. No acumulado do ano, o saldo ainda está negativo em 558.597 empregos. De acordo com o ministro, apesar disso, o resultado é melhor do que os das crises de 2015 e 2016.