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Economia

Andreia Limas: Se lockdown for inevitável, empresas precisarão de apoio

As empresas, os empreendedores e os trabalhadores foram largados à própria sorte e estão novamente ameaçados.

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Uma reunião marcada para esta quarta-feira, dia 10, entre representantes do Governo do Estado, dos municípios catarinenses, da Assembleia Legislativa e do Ministério Público vai avaliar as medidas adotadas nos últimos dias na tentativa de frear o avanço da pandemia em Santa Catarina. E há quem aposte em mais restrições, que podem incluir uma nova quarentena.

O Ministério Público de Santa Catarina já se manifestou sobre os decretos que limitaram atividades durante a madrugada e nos finais de semana, considerando que foram ineficazes. Por outro lado, há resistência entre prefeitos e entidades empresariais quanto à adoção do lockdown, como recomendaram os órgãos de controle.

Assim, é difícil prever o resultado da reunião e as ações empreendidas pelo Estado a partir disso. Mas existe uma certeza: se houver mais fechamentos, as empresas precisarão de apoio.

Impactos

É preciso ressaltar que os setores da economia, em menor ou maior grau, sofreram impactos negativos devido à quarentena imposta no ano passado. Algumas atividades sequer puderam ser retomadas, mais de 11 meses depois, enquanto outros setores se recuperaram bem e tiveram desempenho até melhor do que o conseguido antes da pandemia.

Em nenhum dos casos, porém, houve uma ação efetiva do Governo do Estado no sentido de evitar a quebradeira e o desemprego. E isso não poderá se repetir. Caso haja realmente um lockdown, tem que vir acompanhado por medidas imediatas de proteção à economia.

Auxílio federal

Sem o apoio do Estado, em 2020 as empresas ainda puderam contar com o Governo Federal. Uma as principais ações foi a possibilidade de suspender contratos de trabalho ou reduzir a jornada/remuneração, com a União cobrindo parte dos salários e garantindo a manutenção dos empregos.

Outro benefício criado no enfrentamento à crise, o auxílio emergencial também deu uma renda mínima a informais, microempreendedores individuais e desempregados, um recurso que se mostrou fundamental para a economia.

Reedição

As duas medidas terminaram no ano passado, entretanto, como os efeitos da pandemia perduram e ameaçam novamente a economia, o Governo Federal deve reeditá-las nos próximos dias. O encaminhamento já está feito, mas ainda é necessária a aprovação do Congresso Nacional.

Preocupação

O que mais preocupa é que, com a pandemia já completando um ano, aparentemente o Governo do Estado ainda não tem um plano claro de como lidar com ela. A justificativa para os fechamentos em 2020 era evitar a sobrecarga do sistema de saúde, diante do tamanho da demanda por atendimento, do ineditismo da doença e da crônica falta de estrutura (número de leitos de UTI abaixo do necessário não era exatamente uma novidade). Então, se a intenção era ganhar tempo para se estruturar, por que isso não ocorreu, como evidencia a situação atual?

Além disso, em um ano não foi possível encontrar alternativas para resolver a crise de saúde sem sacrificar a economia? As empresas, os empreendedores e os trabalhadores foram largados à própria sorte e estão novamente ameaçados.