No cartão, a passagem do transporte coletivo de Criciúma custará R$ 2,83 a partir de julho. Já na catraca, o valor se aproximaria dos R$ 3,00. É o que prevê o cálculo de reajuste das tarifas realizado pela Autarquia de Segurança e Transporte de Criciúma (ASTC) e entregue ao Conselho Municipal de Trânsito (CMT) na quinta-feira, dia 14. Em poucos minutos de reunião, as planilhas foram repassadas aos membros do conselho, que se encontrarão na próxima semana para as reuniões técnicas.
“Cada um centavo representa um ganho muito grande. Não questionamos o reajuste, mas se as informações conferem com a realidade”, defende o vice-presidente do CMT e representante do Movimento de Usuários do Transporte Urbano de Criciúma (Mutuc), Célio Elias. O presidente do conselho, Henrique Vargas, cobra agilidade nos trâmites, culminando com o pré-agendamento das próximas reuniões para segunda e terça-feira com horário a ser definido. “Com estas planilhas vamos nortear o andamento das discussões”, emendou.
O impasse ficou por conta da isenção do PIS/Cofins no reajuste, medida que tem sido empregada em diferentes cidades brasileiras. “O município não pode fazer um cálculo sem o cumprimento da lei. Entendemos que houve o zeramento do imposto e que as empresas não terão mais este custo. Não podemos nos apegar ao fato de não ter havido reajuste na tarifa nos últimos 24 meses”, salientou Elias. O representante do Mutuc afirmou ainda que, se necessário, o embate será resolvido em âmbito judicial. “Se esta lei não for atendida, estaremos entrando com ação”, frisou.
A engenheira civil da autarquia, Caroline Paim Zanette, ressaltou que o assunto deverá ser aprofundado nas próximas discussões técnicas. “O cálculo se baseia nos dados dos últimos 12 meses, a isenção do Pis/Cofins começou a valer em junho e data base é em maio”, mencionou, acrescentando que o estudo tem respaldo do Ministério Público. Atualmente o preço da passagem é R$ 2,54 no cartão e R$ 2,80 na catraca.
Conheça as marcas que potencializam o crescimento da cidade
