Revestimentos cerâmicos poderão gerar energia elétrica de baixa potência a partir da luz solar. O projeto liderado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em parceria com a Eliane Revestimentos e o Colégio Maximiliano Gaidzinski já foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Com o financiamento da Energética Barra Grande S.A. e Campos Novos Energia S.A., o grupo de estudos irá coletar dados e compará-los agora às placas fotovoltaicas convencionais durante 24 meses.
“Estima-se que um edifício que possua fachada com revestimentos cerâmicos fotovoltaicos consiga reduzir em aproximadamente 30% o consumo de energia, mas fatores como o peso elevado e o design das placas fotovoltaicas atuais não são atrativos aos consumidores. Ao nos unirmos ao CMG e à Eliane, uma das grandes fabricantes nacionais de cerâmica, queremos criar uma peça que integre a vantagem da geração de energia ao design diferenciado e menor peso”, declara o professor da UFSC e coordenador do projeto, Roderval Marcelino.
Os testes com os revestimentos cerâmicos fotovoltaicos estão concentrados na planta bioclimática da UFSC em Campus Araranguá. Entre as soluções sustentáveis estudadas há também a fachada para a manutenção da temperatura interna por meio da ventilação vertical entre as placas cerâmicas e a estrutura do edifício; revestimentos com nanotecnologia que auxiliam na purificação do ar e na limpeza do revestimento; telhado verde; solatube (cúpula transparente para entrada de luz natural) e captação de água da chuva.
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