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Construtech: um novo conceito para a construção civil

Referência no país, Brasil ao Cubo recebeu empreendedores do HUB #Içara nesta quinta-feira, dia 12

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Construção civil ou indústria? A Brasil ao Cubo uniu os dois conceitos em um novo modelo de negócio que vem revolucionando o até então engessado universo da construção. Apostando em uma técnica inovadora e na industrialização, a empresa tubaronense deu velocidade e sustentabilidade às obras, mantendo a qualidade.

Elementos do modelo convencional foram mantidos. Mas a utilização de aço, vidro e madeira ganharam espaço para a redução do uso de concreto. O grande diferencial, entretanto, está nos módulos que vão compor edifícios, residências, galpões industriais e hospitais –fabricados princopalmente na unidade fabril de Tubarão e transportados até as obras, presentes de Norte a Sul do país, onde são içados e montados.

Dessa forma, foi possível reduzir o tempo de obra e construir, por exemplo, sete hospitais para atendimento de pacientes de covid, incluindo Unidades de Terapia Intensiva, em prazo médio de 30 dias. O edifício Level, localizado em Tubarão, o mais alto da América Latina nesse tipo de construção, com oito pavimentos, ficou pronto em 100 dias. “Isso é possível porque conseguimos fazer etapas em paralelo, o que reduz o tempo de obra”, explica o gerente comercial da empresa, Marco Antônio de Medeiros.



Evolução

O fundador e CEO da empresa, Ricardo Mateus, começou os protótipos em 2013, com a ideia inicialmente de construir residências. Em 2016, com um aporte financeiro feito pelo primeiro sócio, veio o crescimento e, após a chegada de mais pessoas ao projeto, houve uma mudança de trajetória. Em 2018 a empresa teve abrigos modulares de passageiros instalados em Içara. A partir de 2019, então, ocorreu a fusão dos processos, convencional com a construção industrializada.

Essa nova concepção atraiu gigantes do setor de construção no Brasil, como a Gerdau, que adquiriu 33% da empresa por R$ 60 milhões, e mais recentemente a Dexco (antiga Duratex), que investiu R$ 74 milhões na companhia. De um faturamento de R$ 100 mil em 2016, a empresa chegou a R$ 437 milhões no ano passado e seu valor de mercado está estimado em R$ 600 milhões.

Atualmente, a Brasil ao Cubo conta com mais de 1 mil colaboradores e impulsiona o desenvolvimento de outras empresas da região, ao mantê-las em sua rede de fornecedores. São 200 obras entregues e dez em andamento no país. A carteira de clientes reúne marcas como Ambev, JBS, Floripa Airport, Unisul, Mormaii, Hospital Albert Einstein e Vale.



Jornada pela inovação

A visita técnica à Brasil ao Cubo, realizada por empreendedores nessa quinta-feira, dia 12, faz parte de uma jornada pela inovação do Hub de parceiros do Portal Canal Içara. “Nós que trabalhamos na área costumamos ver a construção tradicional. Com essa visita, pudemos ver o quanto é possível avançar”, avalia o engenheiro civil Renier Perucchi.

“O que mais me chamou a atenção foi ver que nós, futuros arquitetos, temos novas oportunidades de carreira. Com esse tipo de construção sendo feito tão próximo de nós, podemos também aprender, nos aperfeiçoar”, comenta a estudante de arquitetura, Vitória Seldenreich.

“Foi muito importante ter vindo para conhecer de perto um projeto tão arrojado, com tamanha disruptura. Conhecer a cultura da empresa, de buscar o desenvolvimento de novos produtos a partir de novas conexões”, afirma a presidente da Associação Empresarial de Içara, Tatiane Pavei.

“Pudemos ver de forma física o que é a inovação. Nem sempre é preciso fazer algo grandioso para inovar. Inovação é pensar fora da caixa, de como podemos fazer diferente e alcançar o mesmo objetivo”, entende a advogada Pâmela de Sá. Além da construtech em Tubarão, o HUB #Içara também já esteve em espaços de coworking em Criciúma e Florianópolis; no parque tecnológico Alfa, sede da Fapesc e da primeira incubadora do Brasil, a Celta, em Florianópolis, e ainda acontecerão novas atividades até o fim do ano.