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Economia

Empreendedorismo começa na escola

Projetos como os desenvolvidos em Içara podem despertar o gosto pelos negócios e servir como orientação para a carreira profissional

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Em 2019, um projeto piloto envolveu os alunos da escola Maria Arlete Bittencourt Lodetti, do bairro Raichaski, na produção e venda de hortaliças, bem como no planejamento do negócio, com o intuito de despertar o interesse dos alunos pelo empreendedorismo. Para a professora Roseli Jenoveva Neto, projetos como esse e outros desenvolvidos em Içara podem despertar o gosto pelos negócios e servir como orientação para a carreira profissional.

“Na Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina) já tem metodologia e programas de empreendedorismo para crianças. É possível a inserção na vivência escolar desde a infância, por meio de atividades extracurriculares, por exemplo, atraindo quem tiver interesse e, por consequência, outros alunos”, afirma. Além de não ser um projeto de participação obrigatória, ela sugere que as escolas busquem parcerias contra outras instituições, como o Sebrae, para o planejamento, implantação e viabilização das atividades.

Futuro profissional

Levantamento junto a estudantes concluintes do ensino médio, realizado pelo Portal Canal Içara em parceria com as escolas Professora Salete Scotti dos Santos, Maria da Glória Silva, Antônio Colonetti e Ignácio Stakowiski, mostrou que 71,52% dos alunos já estão inseridos no mercado de trabalho, sendo 4,85% em atividades empreendedoras próprias. E a perspectiva é de que esse índice aumente nos próximos anos, pois 27,88% dos entrevistados responderam que pretendem ter a própria empresa.

Na avaliação da professora, também cofundadora das startups GreenB e Renove, ter vontade de empreender é fundamental, mas para que o sonho se torne realidade, transformando as pretensões em uma empresa sólida, o caminho é seguir estudando. “O aperfeiçoamento constante, a busca pelo conhecimento são a chave para entender um pouco mais sobre os conceitos, a gestão, o mercado. Ser empreendedor e tornar o negócio viável depende de um tripé: entender do negócio, da gestão e do mercado”, considera Roseli, que é formada e mestre em Administração, com doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento.

Tecnologia e inovação

Ela lembra que muitas opções são oferecidas de forma gratuita, a fim de colocar o empreendedorismo em prática. Na área de tecnologia e inovação, cita o Programa Nascer, do qual é mentora. “O Programa Nascer oferece mentorias para tirar a ideia da cabeça e colocar no papel. Colocar no papel significa validar no mercado, identificar a necessidade em relação aos equipamentos e ferramentas, para começar a estruturar o negócio”, explica.

O programa é desenvolvido pela Fapesc e pelo Sebrae. “Trata-se de um programa de pré-incubação de ideias inovadoras, que tem como foco o estímulo ao empreendedorismo inovador. Assim, o programa dá suporte para que pessoas com ideias inovadoras passem por um período de pré-incubação e desenvolvam um plano de negócios estruturado para iniciar sua startup”, detalha o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina, Fabio Zabot Holthausen.

Mercado de trabalho

Ainda voltado para o setor de tecnologia, Fabio destaca outros dois programas que serão desenvolvidos pela Fapesc com o intuito de fomentar negócios e também oferecer mão de obra qualificada. O DEV TI, em parceria com as instituições de ensino superior, irá ofertar cursos para formação de programadores, suprindo uma necessidade do mercado de trabalho.

“No início do mês (de fevereiro), também vamos levar para todas as regiões de Santa Catarina o Entra 21, um programa de sucesso na região de Blumenau e que forma desenvolvedores juniores, dando uma base muito importante para quem deseja ingressar no mercado de tecnologia. O Entra 21 é uma parceria da Fapesc com a Blusoft e a Prefeitura de Blumenau e que ganhará todo o Estado”, ressalta.