O Natal é, sem dúvida, a época mais rentável para os comerciantes. E os consumidores aproveitam a data para presentear amigos, familiares e até colegas de trabalho. Para isso, vale todos os tipos de produtos, desde roupas até eletrônicos. Mas, ao contrário do que se pensa, nem sempre sair de uma loja com o produto em mãos é garantia de que ele funciona corretamente. Assim como não é possível prever se uma compra realizada online em um site confiável irá chegar na data prevista. Como é o caso da contadora Daiana Silva que comprou um perfume para presentear o marido e ainda aguarda pelo recebimento do produto.
“Eu olhei todas as especificações. Busquei um site confiável, analisei todos os comentários de pessoas que já haviam realizado compras nele e também confirmei a data de entrega. A compra foi feita na primeira semana de dezembro e a previsão de entrega era de uma semana. Portanto, fiquei tranquila achando que o presente de Natal do meu marido estava garantido. Grande equívoco, até agora, nada do produto chegar”, relata.
Daiana chegou a enviar diversos e-mails para os responsáveis do site e também tentou contato telefônico por várias vezes. No entanto, nada foi resolvido e a medida adotada pela contadora então, foi procurar o Órgão de Defesa do Consumidor. “Nos vários e-mails ele ficaram enrolando. Primeiro para achar qual era o meu pedido, depois dizendo que o produto seria reenviado e nada. Como não tive resolução, busquei o Procon esta semana e agora aguardo ressarcimento do valor que paguei”, pontua.
Casos como esse são comuns no mês de janeiro. Pelo menos é isso o que diz o coordenador do Procon de Içara, Giovani Martins. Segundo ele, a tendência é que no primeiro mês do ano haja um aumento de até 40% nas reclamações. “Podemos dizer, inclusive, que as reclamações feitas até agora estão dentro do previsto”, ressalta.
Em oito dias, o órgão registrou 221 reclamações. E, de acordo com Martins, destas, 90% são solucionadas. “A maioria das reclamações estão relacionadas a telefonia e produtos com defeitos. A orientação é que o consumidor venha até o Procon, relate o problema, para que iniciemos o processo de atendimento. A nossa primeira medida é enviar ao fornecedor uma Carta de Informações Preliminares (CIP) solicitando as providências. O fornecedor tem então o prazo de sete dias para apresentar uma resposta”, coloca o coordenador.
Apesar dos registros já terem sido relevantes para este início de ano, muitos consumidores deixam de procurar o Procon por acharem que o problema não será resolvido. “Posso citar o caso de uma senhora que comprou um óculos há um ano com defeito. Ela nos procurou somente porque soube de uma vizinha que veio ao Procon e teve um problema resolvido. Então orientamos que o consumidor procure sim o órgão para ter seus direitos assegurados”, sinaliza Martins.
O coordenador do Procon diz ainda que os consumidores também são aconselhados a procurar diretamente a assistência técnica. “Às vezes, o produto que apresenta defeito, pode ser substituído muito mais rapidamente quando é feito contato direto com a assistência técnica. O comprador deve procurar a loja, relatar o ocorrido e solicitar assistência. A assistência tem o prazo de 30 dias para solucionar o problema”, completa. O Procon de Içara fica na rua Altamiro Guimarães, 356, no centro da cidade. Para entrar em contato há os telefones (48) 3432-5299 e 3468-1489 e o e-mail procon@icara.sc.gov.br.
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