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Economia

Sindicato atribui atrasos das entregas a falta de trabalhadores

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Embora existisse a informação de trabalhadores de braços cruzados, o atendimento ao público e a entrega das correspondências ocorreram normalmente em Içara. Uma reunião realizada na tarde de terça-feira pela direção do sindicato oficializou o término da paralisação. E uma das razões foi exatamente a baixa adesão.

“A gente não tem como impedir qualquer pessoa de trabalhar. Além disso, por lei há o estabelecimento da necessidade de permanência de um número mínimo, portanto, sempre acontece de ter agências abertas”, justifica a diretora do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos de Santa Catarina, Juliana Viana.

Mesmo que a categoria tenha decidido pela volta ao trabalho, é possível que ocorram mais atrasos em relação às entregas. “Atraso já é uma coisa que acontece, porque foi reduzido o número de funcionários e a quantidade que tem não supre a demanda. E claro, com a greve a tendência é que se reduza mais”, aponta.

De acordo com a diretora do sindicato, o principal ponto que levou o sindicato a aderir a greve é a judicialização referente ao plano de saúde. Conforme Juliana, não há concordância com o que está sendo estabelecido pela empresa, corroborado por uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

“O acordo coletivo realizado no ano passado foi atropelado. É isso que a gente não concorda. E o TST acabou dando ganho de causa aos Correios. Mas não é somente esta questão que estamos debatendo. Estamos cada vez com menor efetivo, a frota dos Correios está desgastada e a previsão é que tudo isso piore cada vez mais”, aponta Juliana.

Posição dos Correios

Os Correios se manifestaram oficialmente através de nota sobre a paralisação promovida pelos funcionários. A estatal aponta o reconhecimento ao direito de greve, porém, a empresa classificou a situação como injustificada e ilegal, já que considera que não houve descumprimento de qualquer cláusula do acordo coletivo da categoria. A empresa também afirmou que em Santa Catarina mais de 90% do efetivo não aderiu a greve. “A paralisação ficou concentrada na área de distribuição”, afirma.

“O movimento está relacionado, essencialmente, às discussões sobre o custeio do plano de saúde da empresa, que atualmente contempla, além dos empregados, dependentes e cônjuges, também pais e mães dos titulares. O assunto foi discutido exaustivamente com as representações dos trabalhadores desde outubro de 2016, tanto no âmbito administrativo quanto em mediação pelo Tribunal Superior do Trabalho, que apresentou proposta aceita pelos Correios, mas recusada pelas representações dos trabalhadores”, diz em nota.