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Economia

Terapia com própolis representa oportunidade de negócio para apicultores em SC

A própolis pode auxiliar inclusive em tempos do novo coronavírus como tratamento complementar

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A própolis é um dos produtos derivados da apicultura usados como tratamento alternativo no Sistema Único de Saúde (SUS). A apiterapia, ou seja, terapia com produtos das abelhas, incluída em 2018 nas Práticas Integrativas e Complementares autorizadas pelo Ministério da Saúde, também é uma oportunidade de negócio para os 9,8 mil apicultores catarinenses. Afinal, é possível agregar valor à atividade produzindo mel e própolis na mesma colmeia.

A própolis pode auxiliar inclusive em tempos do novo coronavírus. A divisão de estudos apícolas da Epagri compartilha um protocolo da médica e apicultora Amelia Cristina Tor, que dá dicas para o enfrentamento da pandemia. Como uso preventivo, ela indica 25 gotas de própolis a 10% duas vezes ao dia. Porém, Amelia ressalta que o tratamento com própolis deve ser complementar, não dispensando o acompanhamento médico e os tratamentos convencionais.

O produto é elaborado pelas abelhas a partir das resinas das árvores e é utilizado pelos insetos para proteção das crias e para manter a colmeia livre de bactérias, vírus, fungos e parasitas. Conforme Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a própolis é composta basicamente por resinas, produtos balsâmicos, cera, óleos essenciais, pólen e microelementos.

“Já foram identificados mais de 200 componentes ativos na própolis. A composição química e a quantidade produzida dependem da fonte vegetal que é coletada”, explica o chefe da Divisão de Estudos Apícolas da Epagri, Rodrigo Durieux Cunha. Uma das frentes de trabalho atuais é a capacitação para a diversificação da atividade com o objetivo de melhorar a renda na apicultura, como é o caso da extração da própolis e outros produtos das abelhas, como geleia real e pólen. Em 2019, a Epagri prestou assistência a 5.984 famílias e realizou 15.463 atendimentos em apicultura e meliponicultura.

“Nosso foco é orientar para a alta produtividade, boas práticas de produção e extração, legalização e mercado”, ressalta. A exemplo do mel, para a comercialização da própolis é necessária a regularização fiscal e de serviço de inspeção. O controle de qualidade analisa alguns aspectos, como o tipo de própolis, as propriedades químicas (aparência, viscosidade, teor de cera, umidade) e as propriedades microbiológicas. Para ter certeza se a própolis é de boa qualidade, assim como qualquer produto de origem animal, é importante observar a procedência e se é inspecionado, dados identificados pelos selos referentes ao órgão de inspeção sanitária.