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Economia

Trabalhadores do setor plástico realizam assembleias

Encontros nas trocas de turno das empresas discutem propostas que vão compor a pauta de negociação da categoria com a classe patronal

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Reposição da inflação do período e ganho real nos salários e na participação nos lucros ou resultados (PLR); valorização do piso salarial; trabalho seguro e a volta das homologações das rescisões no sindicato que representa a categoria. Esses são os principais pontos da pauta de negociação levada aos trabalhadores das indústrias plásticas da região, em assembleias realizadas nas portas das fábricas desde segunda-feira, dia 13.

“As assembleias nas trocas de turno são o pontapé inicial da nossa negociação coletiva. Vimos que os trabalhadores estão mobilizados, sentem que seus salários estão defasados e estão buscando condições de trabalho mais dignas e mais justas”, afirma Edson Rebelo, o Japonês, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Descartáveis e Flexíveis, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região.

Os dirigentes da entidade sindical se reuniram na semana passada e elaboraram algumas propostas para compor o folheto entregue aos trabalhadores para discussão, mas outros itens podem ser incluídos por sugestão da categoria. “Estamos discutindo com a categoria, elencando propostas, para montar nosso rol de reivindicações. Estamos na luta, juntamente com a categoria, para que a gente possa fazer uma boa negociação este ano”, pontua o presidente Carlos de Cordes, o Dé.

As assembleias irão até terça-feira, 21, quando duas serão realizadas na sede do sindicato, às 10 e às 18 horas, para a definição da pauta, que deve ser entregue à classe patronal até 31 de março. “A valorização dos salários e um trabalho seguro são reivindicações fortes e acredito que vai ser uma negociação com participação ativa dos trabalhadores”, acrescenta Rebelo.

Acidentes de trabalho

Os acidentes de trabalho entraram na pauta após quatro ocorrências com morte registradas no ano passado na base de atuação do sindicato, duas no setor químico e duas no setor plástico. “É uma preocupação, pois os trabalhadores precisam ter segurança. Esse debate precisa ser levado à mesa de negociação, com o apoio da categoria”, defende Carlos de Cordes.

Manutenção de cláusulas

Outra proposiçãoT da categoria é que sejam mantidas as demais cláusulas da atual convenção coletiva, firmada no ano passado e com vigência até 31 de março. Como a data-base é 1º de abril, a inflação do período ainda não está fechada.

Em 2022, foi de 11,73% e a categoria conquistou reajuste salarial de 12%. Os pisos salariais passaram então para R$ 1.863,40, exceto para trabalhadores em empresas de reciclagem, sacos de lixo e mangueiras, para os quais o piso atual é de R$ 1.770,24. Durante o período de experiência, os trabalhadores recebem 80% desses valores, respeitado o salário mínimo regional do Estado, observada a respectiva atividade empresarial.

Já o abono/PLR anual passou para R$ 1.061,47 para os segmentos de descartáveis e flexíveis e R$ 1.015 para os trabalhadores das indústrias de plásticos reciclados. Na região Sul do Estado, o setor emprega cerca de 8 mil funcionários.