O ideal era chegar a um período em que não houvesse mais homicídios. Conforme dados do Instituto Médico Legal (IML) de Criciúma, em 2015 foram dez homicídios de janeiro até o dia 4 de maio em Içara. Ou seja, uma média de duas mortes por mês. Em 2016, esse número já havia caído para três até o dia 2 de maio do referido ano. E em 2017, a cidade chega ao fim do quinto mês do ano sem que haja o registro de homicídios.
“Este é um reflexo importante de ações que foram realizadas pela polícia nos últimos meses. Içara e Balneário Rincão realmente vêm ganhando uma tranquilidade nesses últimos meses, algo que não era registrado nos outros anos. O que foi feito foi acabar com uma guerra de tráfico”, declara o delegado Rafael Marin Iasco. No Balneário Rincão, as estatísticas passaram de 11 assassinatos em 2015 para sete em 2016 e quatro neste ano até o momento.
Na visão da autoridade policial de Içara, a queda é consequência da Operação Clínica Geral realizada entre setembro do último ano e fevereiro de 2017 com a retirada de circulação de 12 criminosos. “Conseguimos prender todos que estavam foragidos e eles eram os responsáveis por realizarem esses crimes. Foi um trabalho árduo realizado pela Polícia Civil. Os criminosos contavam com uma estrutura muito bem montada”, coloca o delegado.
“Uma característica deles é que não tinham atuação apenas em uma área. Esta quadrilha tinha envolvimento com tráfico de drogas, assaltos, homicídios, entre outros casos”, destaca. A maioria dos homicídios em Içara e Balneário Rincão eram relacionados ao tráfico de drogas. “Muitas vezes era guerra entre grupos pela disputa de território para o tráfico de drogas. Como também acontece muito de se eliminar possíveis testemunhas de algum crime”, aponta.
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