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Cotidiano

Público despede-se da Casa do Rock

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Aos 22 anos, Cris Casemirchaki Américo conheceu Jucelito. “Eu lembro da data: 17 de setembro”. As baladas aos finais de semana na Casa do Rock resultaram em namoro. Foram dois anos até o casamento em 18 de janeiro de 2008. Dessa união surgiu também Davi Luiz, de 2 anos. O garotinho crescerá sem ter a oportunidade de frequentar a mesma danceteria. Mas certamente ouvirá muitas histórias sobre a mais famosa casa noturna da cidade. O encerramento da marca foi realizado com lotação máxima nesta sexta-feira, dia 18. “Foi muito bom enquanto durou. Ali nasceram também muitas amizades”, enaltece Cris.

“A ideia surgiu pela carência do serviço. Tinha apenas o Ipiranga. A Jeri [Juventude Esportiva e Recreativa Içarense] também já havia acabado. A gente funcionava nas sextas, sábados e domingos a tarde. Alguns frequentadores tinham inclusive uma carteirinha de fidelidade para desconto no ingresso. Até hoje ainda tem gente que guarda isto. Já as mulheres não pagavam”, coloca Edson Valvassori. Ele foi um dos fundadores junto com Carlos Colonetti Netto, o Careca.

“A escolha do nome foi pelo gosto do rock. Até então, a maioria dos bailes eram com músicas tradicionalistas. Os novos administradores tiveram muito trabalho. Muitas outras danceterias fecharam e a Casa do Rock se manteve ao longo de tanto tempo. Se passaram 32 anos. O meu projeto era implantar um bar e outras atividades. Para começar outra hoje seria mais complicado. Já sou veterano”, complementa.

A história do empreendimento iniciou num prédio com cerca de 600 metros quadrados em 1982. “Eu era discotecário no Ipiranga e quando surgiu a oportunidade, negociamos junto com o meu irmão, Santo da Silva”, recorda o atual sócio-proprietário, Valmor José da Silva. Após mudar de proprietários, o local virou estacionamento de moto. No terreno à frente houve a construção de uma nova sede com 1,5 mil metros quadrados. No ápice, chegou a receber mais até de 4 mil pessoas nos 2,7 mil metros quadrados que compreende atualmente a estrutura.

“A Casa do Rock marcou época para muita gente. Marcou a minha vida também. Estou ali desde os 24 anos. É muita história. Certamente vale um livro”, complementa Valmor. Pelo local já passaram artistas de renome nacional e até internacional. Estiveram ali Latino, P.O. Box, Bonde do Tigrão, Ramada e os italianos do Double You. “Para a Viola Roots foi uma conquista e ao mesmo tempo motivo de alegria pela valorização dos talentos da nossa terra. Foi ainda uma superação levar o nosso reggae para um lugar tão eclético. É uma pena, mas as mudanças acontecem e isso faz parte da vida”, fecha o vocalista Rafael Rosso.

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Lucas Lemos
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