logo logo

Curta essa cidade!

HUB #IÇARA

Venha fazer também a diferença!

Comunicação + Conteúdo + Conexões

Acessar
Cotidiano

A arte de escrever: um amante entregue aos braços das letras

Compartilhar:

P ara escrever, vontade não basta. Um texto bem escrito é a fusão entre o conhecimento e a percepção para usar as palavras certas, no momento certo do texto. Algo como uma ‘lipoaspiração’ literária. É dessa forma que o escritor Alexandre Moreira descreve a difícil arte de escrever.

Em agosto Moreira lançará o livro Dois olhares a quatro mãos falam daquilo que ouvem, em parceria com a escritora içarense Fátima Pavei, idealizadora do projeto. “Ela resolveu me convidar, principalmente por acompanhar minhas crônicas no Agora. Vamos ceder os direitos autorais para a Apae de Içara. Serão 500 exemplares”, explicou Moreira.

O livro é um apanhado de crônicas de ambos os escritores. O preço deve ficar entre R$ 20 a R$ 25. O lançamento está previsto para o dia 8 de agosto, na Casa da Cultura Padre Bernardo Junkes. A venda também será feita em livrarias da cidade e na Apae.
Aos 39 anos, o cronista do Jornal Agora relata ser um amante totalmente entregue aos braços das letras. Para ele, o essencial é estar em sintonia com elas. “É preciso ser amigo das letras, gostar do que se faz. Primordial é estar antenado em tudo, ler muito, livros, revistas, sites de informação e acontecimentos gerais, além é claro, da história da humanidade. Mas, depois de ter a idéia, é preciso dar forma a ela, ou seja, transpô-la para o papel. Subjetivamente, isso não é fácil. Tem que ter muita imaginação. Muitas vezes o resultado final é o resultado de um dia inteiro de trabalho”, resumiu.

Questionado sobre o melhor texto que já fez, Moreira diz que ele ainda está por vir. Já o menos pior ele explica que foi um que fez sobre a relação dos escritores e da boêmia.

Os textos bem escritos refletem a constante busca que o escritor faz pelo conhecimento. Prova disso está no fato de, somente no ano passado, ele ter lido mais de 32 livros, dos mais variados temas. “Escrever, ao contrário do que muita gente diz, não é coisa de quem não tem o q fazer, é coisa de quem tem muito o que fazer. Vivemos em um país que apenas 3% da população lê jornais. E isto é um desafio a mais”, destaca.

Natural de São Bernardo do Campo (SP), Alexandre Moreira veio para Santa Catarina com 4 anos de idade. Aos 39 anos, segundo ele “muito bem vividos”, a paixão pelas letras é a principal motivação. “Eu sempre tive apetite para as letras. Desde o primário já me destacava nas redações, mas profissionalmente, comecei há exatos 4 anos”, explica.

Em 2005, o escritor teve uma crônica indicada para o prêmio Esso Jabuti, publicada no Jornal do Brasil do Rio de Janeiro. “Perdi para o Jabor, Mainardi e companhia. Mesmo assim, a indicação foi o maior prêmio”, comenta.

Moreira foi repórter da TV Eldorado, editor de esportes da RBS TV e redator da rádio Eldorado. Como escritor, ele diz que seu sonho é ver o Brasil no caminho certo, “livre de governantes sacripantas (safados, sem vergonhas), e uma substancial melhora nos investimentos da educação”.