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Cotidiano

A guerra do leite em Urussanga Velha

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Contam os antigos que no século XVIII havia muito índio em Urussanga Velha. O relacionamento com os habitantes João Soares, Lotério Felício e Crispim Santiago era considerado bom. Os baianos dedicaram-se ao cultivo em plena paz. Ninguém incomodava ninguém, ao menos de início.

Entre eles, João era um mulato alto, forte, metido a valente, de boa aparência. Foi experto. Apropriou-se de muitas terras, tinha gado e agregados. Um dia, um índio se aproximou para pedir leite. O fazendeiro tirou leite da vaca e colocou em cima de um tronco caído para que o produto fosse pego. Contudo, um porco que rondava por ali virou a caneca. Pela situação, João riu do bugre. A risada virou o estopim para uma grande briga.

Incomodado, o bugre matou um touro com uma flecha. Daí começou a guerra. João Soares agrediu os índios. Os índios deram duas lambadas em João. E o baiano passou então a andar armado. Os brancos se meteram. E, ninguém mais se entendeu.

Num dos conflitos, João Soares atirou em três índios, dois conseguiram escapar e passaram a perseguir os brancos.A revanche foi tentada quando João estava embaixo de uma figueira carpindo. Lá pela estrada vinha o senhor Horácio. Ele olhou e viu um índio trepado na árvore com uma tora de madeira para saltar. Preferiu avisar: “Olha o bugre, seo João”. João pulou e o bugre soltou a tora de madeira. O fazendeiro atirou, mas não conseguiu matar o índio. Daquela data em diante os índios sumiram. João Soares vendeu suas terras para José Ferraz, abandonou também o engenho e a criação de gado e mudou-se para Tubarão.