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Cotidiano | 27/09/2010 | 12:34

Adolescentes se sentem inseguras na Internet

Jornal Agora com informações de Daniel Mello (Agência Brasil)

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Estatística da organização não governamental Plan Brasil e da Parceria para a Proteção da Criança e do Adolescente (CPP, na sigla em inglês) mostrou que 79% das adolescentes brasileiras não se sentem seguras ao utilizar a Internet. A pesquisa Adolescentes Brasileiras em um Mundo Digital entrevistou 400 jovens de todo o país, por meio de questionários na própria rede mundial de computadores, além de ter sido aplicada também presencialmente em escolas públicas e privadas, no eixo paulista.

Pelo estudo, chegou-se à conclusão que nem mesmo o consentimento dos pais traz sensação de conforto, uma vez que 48% delas afirmaram que os responsáveis não sabem o que elas acessam na rede. Segundo o gerente da CPP, Luiz Rossi, a falta de familiaridade com as novas tecnologias é um dos fatores que dificultam ações mais efetivas por parte dos pais dos jovens que acessam a Internet regularmente. “A atitude é mais de punição do que de orientação, porque eles [pais] não estão sabendo como lidar com uma tecnologia que eles desconhecem”, acredita.

As adolescentes, por sua vez, mesmo conhecendo a Internet – 27% disseram estar constantemente conectadas e 60% afirmaram conhecer os perigos da rede – ainda não sabem como se defender quando diante de situações aparentemente arriscadas. Apenas um terço declarou saber a quem e como relatar uma situação de perigo online. O problema aumenta em relação às famílias de menor renda, nas quais as jovens, em sua maioria, usam o computador fora de casa, em geral numa lan house. “Os pais não sabem o que está acontecendo porque não usam a internet e não sabem como fazê-lo”, ressalta.

A situação acaba por deixar vulneráveis especialmente as meninas, na avaliação de Luiz Rossi. “Isso porque, tradicionalmente, elas são mais abusadas e exploradas sexualmente, mesmo na sua vida presencial”, considera. Ainda segundo ele, essa também foi a percepção geral dos jovens ouvidos pelo estudo. “Hoje, as meninas estão apresentando uma forma de sexualidade muito desenvolvida, precocemente, principalmente nas comunidades de mais baixa renda”, pontua.