O autoexame garantiu para Maria de Fátima Oliveira Ramthun mais tempo para concretizar os sonhos que ainda estão por vir. Ela descobriu o nódulo no seio aos 61 anos. No dia 24 de março de 2014 fez a primeira consulta e no dia 17 de abril retirou o câncer. "Foi um giro de 180 graus em minha vida. Consegui extrair de tudo isso mais perseverança e determinação", aponta. "Acho que o mais difícil foi a queda do cabelo. As perucas e lenços me ajudaram muito", ressalta.
"Todas as fases são difíceis. Quando recebemos a notícia, parece uma sentença. Ou a gente luta, ou desiste. Decidi lutar e ajudar outras mulheres", acrescenta, agora, como voluntária na Associação de Mulheres Amigas do Peito. "Quando eu precisei, elas foram em minha casa. Quem entra no grupo, logo vê que não é um problema individual. Podemos enfrentar juntas", sublinha Maria de Fátima entre tantos exemplos que desfilaram na comemoração dos 10 anos da Ampi nesta quarta-feira, dia 14.
O momento de beleza movimentou mais de uma dezena de profissionais para a sessão fotográfica que também será utilizada no calendário de 2016. "A causa é muito nobre. E a gente se doar é sempre muito bom. Recebemos os dons de graça. Por que não doar um pouco?", questiona a maquiadora Marilu Luciano Pacheco. O trabalho envolveu as equipes da Eloísa Cabeleireira, Contato, Mary Kay e Foto Axé. "Tudo sob voluntariado", frisa a presidente Iêde Cardoso dos Santos.
"Este desfile serve de incentivo para as mulheres se cuidarem", lembra Claudete Pizzetti João, atualmente em tratamento, aos 43 anos. "Os dois primeiros calendários serviram para arrecadar recursos que pudessem ajudar nos tratamentos. O empenho agora é para a construção da Casa Rosa. Nosso sonho é termos um local próprio para as reuniões, atendimentos e a montagem de um salão de beleza", completa Iêde. A obra será dividida com Rede Feminina de Combate ao Câncer e o Bercinho dos Anjos.
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