A distribuição de antirretrovirais para 540 pacientes soropositivos de Içara está prejudicada pelo déficit no estoque. Por ora, há o fracionamento de algumas medicações enviadas pelo Ministério da Saúde. Na lista está o três em um (tenofovi, lamivudina e efavirenz), ritonavir, raltegravir e zidovudina. "Os casos novos estamos esperando para iniciar o tratamento", coloca a coordenadora municipal do Programa DST/HIV/Aids, Samira Abdenur.
“Não dá para ficar sem o medicamento. Sempre que possível fazemos a troca da terapia. Mas cada medicação é indicada conforme os exames”, completa. “Quando não há perspectiva de recebimento do Governo Federal, buscamos em programas vizinhos com o compromisso de devolver. Também requisitamos que pacientes que abandonaram o tratamento devolvam os medicamentos. Não podemos ter desperdício”, acrescenta.
O ritonavir, tenofovi e lamivudina também devem ser utilizados em até 72h por quem não tem o vírus, mas pode ter sido exposto. O coquetel é completado ainda pelo atazanavir. “São 30 dias de tratamento. E ao todo três meses de espera para saber se houve infecção”, relata. “A camisinha ainda é o melhor método de prevenção, não somente da aids, mas de outras doenças que têm aumentado a incidência, como a sífilis”, recomenda.
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