A mostra intitulada “Casa de Tercília” está em exposição na Casa da Cultura Padre Bernardo Junkes, até o dia 27 de abril, das 8 ao meio dia e das 13 às 17 horas. A obra leva este nome por ser uma mostra ambientada na própria casa da artista, com telas, almofadas, tapete, paneaux, cortinas e toalhas. Tercília inventa sua casa como inventa suas imagens. Como inventa sua própria vida e sua lenda. Com a mesma concentração que pinta suas telas, ela prepara o café ou engoma sua roupa.
As imagens nascidas em suas pinturas saltaram para as almofadas, para a toalha de mesa ou para a bolsa de compras. Sua casa é como se possuísse uma dimensão adicional às que conhecemos, guarda seus personagens em muitos planos de entendimento. Eles habitam as telas porque ainda vivem na memória da artista. Porém esse tipo de memória que Tercília possui é uma memória tanto das coisas pretéritas como das que ainda teimam em não acontecer. Ela lembra de fatos e coisa que ainda não viveu. E seu portal para essas dimensões todas de tempo e espaço é o sonho. A artista sonha quando dorme e continua sonhando quando desperta. Em outro plano, exatamente ao das telas pintadas, os personagens que se soltam pela casa, ocupando tapetes, almofadas e toalhas. Seus quadros de figuras totalmente coloridas, em acrílico sobre tela, registram o colorido rural do Estado.
TERCÍLIA DOS SANTOS
Tercília nasceu em Piratuba, Oeste de Santa Catarina em 1953. Artista autodidata, em 1990 realizou sua primeira exposição. Em 1992, participou da Mostra Internacional de Arte Ingênua e Primitiva do SESC de Piracicaba - SP. Em 1994, recebeu um prêmio de aquisição na então Bienal Internacional de Arte Naif de Piracicaba – SP. Em 2000 e 2004 foi novamente selecionada na V e VII Bienal Naifs do Brasil. Apontada pela crítica como a revelação da pintura Naif de Santa Catarina. Seus quadros de figuras totalmente coloridas, em acrílico sobre tela, registram o colorido rural do Estado.
Conheça as marcas que potencializam o crescimento da cidade
