Moradores do Loteamento Antônio Lima tiveram as caixas d´água preenchidas com o auxílio de um caminhão pipa neste domingo, dia 9. A medida paliativa resultou de um protesto em frente ao Sistema Municipal de Água e Esgoto. Cerca de 30 pessoas exigiram providências após quase quatro dias sem o serviço nas ruas mais elevadas. Para amenizar a situação, a comunidade recebeu também copos lacrados com água.
A seca na rede não é exclusividade da comunidade. O transtorno afeta também os bairros Tereza Cristina, Jardim Silvana, Jardim Elizabete, Jaqueline, Esplanada, Liri e a parte mais alta do Presidente Vargas. O problema ocorre exatamente em regiões abastecidas com água que o Samae compra da Casan. Os reservatórios do Mareli e do Presidente Vargas não estão acumulando água. E até o reservatório do Centro chegou a secar durante esta última noite.
"Nos últimos 30 anos não houve investimentos estratégicos. Outro fator agravante é que nestes últimos dias tivemos aumento no consumo por causa do calor", ressalta o presidente da autarquia, José Francisco Pizzetti. “Há muitas casas sem caixa d´água ou com o reservatório incompatível. É preciso também que essas residências se adaptem para não serem tão prejudicadas”, completa.
“Pagamos a nossa conta e não temos o atendimento que precisamos. Tenho duas crianças, uma de nove anos com necessidades especiais e outra de um ano e seis meses”, reclama o morador Reinaldo Miranda. “Estamos desde quinta-feira sem água. Morados numa área com muitas famílias necessidades. Cerca de 70% são casas populares. Cansamos dessa situação e por isso mobilizamos a comunidade. Nesta segunda-feira devemos registrar um boletim de ocorrência e se não voltar a água retornaremos ao Samae para protestar”, fecha Renato Cândido.
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