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Com poucas coisas na bagagem, mas muita informação e experiência em sua mente, Virginia de Angeli, argentina de 30 anos, vive sem cotidiano e destino definido. Há uma semana morando no Balneário Rincão, e recém chegada de Curitiba (PR), ela vende seus artesanatos na tentativa de acumular dinheiro suficiente para seguir sua viagem pelo Brasil.

Em sua mochila, leva apenas o essencial para a sua filha, algumas roupas para ela, e a barraca, que, quando não encontra um quarto barato para se hospedar, arma em algum camping que ofereça banheiros com chuveiro, e que possa dormir descansada com Malena de Angeli, sua filha de sete meses.

Virginia desde os 18 anos viaja pela América do Sul, tendo parado somente por sete anos, quando iniciou a faculdade de veterinária e ficou grávida de sua filha. Já teve emprego fixo, e pôde experimentar o modo de vida padrão das pessoas. “A escolha que fiz em minha vida foi viajar. Muitas respostas estão em livros, mas para algumas coisas só encontrei respostas com os ensinamentos da vida”, declara a viajante, que espera através de suas viagens, adquirir energia suficiente para criar a herdeira de seus ensinamentos.

Questionada sobre o comportamento dos catarinenses em relação a ela, Virginia revela que a sua maior dificuldade no estado é a maneira rápida e enrolada de falar. Mas o povo daqui é muito educado, e ajuda muito em sua peregrinação. “Uns dão comida, outros ajudam com fralda para o meu bebê”, salienta ela.
Seu próximo destino deve ser o Mato Grosso, onde segundo ela, no inverno há uma grande festa. A escolha pelo estado do centro-oeste brasileiro dá-se também pela quantidade de variação em materiais para se utilizar nos colares, pulseiras e artigos que ela produz e que variam de R$ 2 a 200.

Sobre a família e o pai da criança, a hippie, revela que mantém contato com uma irmã, sempre que consegue um computador para encaminhar os e-mails. Já o pai da criança a abandonou após ela negar o pedido de aborto. Virginia viveu com os pais na Argentina, até voltar para o Brasil em 2005. “Foi quando conheci de verdade as pessoas que estavam à minha volta”, desabafa ela. Desde então já percorreu cidades do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. “Sempre achei que o Brasil fosse um país bonito, agora tenho certeza”, finaliza Virginia.