Adolescentes portadores de comorbidades, deficiência permanente, gestantes, puérperas, lactantes e privados de liberdade continuarão a ser priorizados na vacinação contra o coronavírus, mas a imunização das pessoas de 12 a 17 anos de idade que não apresentem essas condições também seguirá em Santa Catarina enquanto houver doses disponíveis. A decisão foi tomada em reunião extraordinária da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), realizada nesta quinta-feira, dia 16.
Gestores municipais de Saúde, em conjunto com representantes do Estado, decidiram manter a estratégia de vacinação adotada a partir de 1 de setembro e não seguir a orientação do Ministério da Saúde. Voltando atrás na própria determinação, o órgão federal enviou nota informativa aos estados brasileiros nessa quarta-feira, 15, recomendando a suspensão da aplicação da vacina Pfizer em adolescentes que não pertençam aos grupos prioritários.
“Apesar dos adolescentes terem menor probabilidade de evoluir para formas graves da doença, dados do Ministério da Saúde demonstram que, somente em 2021, ocorreram aproximadamente 1,3 mil óbitos de crianças e adolescentes no Brasil decorrentes da Covid-19. Além disso, a vacinação desse público é essencial para que haja controle da circulação do vírus e também para prevenir que os jovens, caso acometidos pela doença, não carreguem sequelas por toda a vida”, assinala o superintendente de Vigilância em Saúde do Estado, Eduardo Macário.
Os membros da Comissão também votaram por elaborar um documento solicitando apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) para que o Ministério da Saúde reconsidere a decisão de suspender a vacinação dos adolescentes, tendo em vista a importância de imunizar esse grupo.
Atualizados até esta quinta-feira, os dados do Vacinômetro do Governo do Estado apontam que, em Içara, 1.414 adolescentes já tomaram a primeira dose da vacina contra a covid. Em Santa Catarina, o número ultrapassa 48 mil.
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