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Cotidiano

H1N1 deixa içarense em estado grave

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Dois casos de gripe H1N1 foram confirmados em Içara. O primeiro foi de uma mulher, que ficou em observação, mas já voltou às suas atividades normais. Já o segundo caso, teve registro na última semana e está sendo tratado como grave no Hospital São José, em Criciúma. Trata-se de JL, de 48 anos, morador da capital do mel. Ele apresentou febre alta, dor em todo corpo, dor de garganta, calafrios e suava muito. Quando deu entrada no Hospital São Donato, o caso foi tratado como possível pneumonia. Mesmo como antibióticos os sintomas não cessaram e o paciente procurou o HSJ. Ele ficou uma semana em observação numa sala isolada, até que a doença fosse comprovada.

“Foi tudo muito rápido. Ele não estava gripado, nem nada. Começou com uma dor de garganta, mas não acho em momento algum que fosse a Gripe A. A ficha só caiu quando os médicos constataram. Foi um susto”, relata a cunhada de JL que prefere não ser identificada. Com o pulmão infeccionado, o paciente foi submetido ao coma induzido.

“O quadro dele é bastante grave. Ele está com o pulmão todo infeccionado e por isso tem dificuldade de respirar. A sorte é que ainda não se espalhou para outros órgãos. Os rins estão funcionando normalmente e isso é um sinal muito positivo segundo os médicos”, destaca a cunhada. JL não viajou para nenhum outro lugar nas últimas semanas. Portanto, a hipótese de ter adquirido o vírus em outra cidade está descartada. Ele tem um estabelecimento na cidade e, por isso, vive em contato com muitas pessoas. De acordo com a família, é provável que o vírus tenha sido contraído durante o trabalho.

Os parentes que tiveram contato direto com o infectado, não contraíram o vírus. A orientação foi para que todos tomassem a dose da vacina. Segundo a cunhada, todos estão esperançosos quanto ao quadro de J.I. “Sabemos que é uma situação delicada, mas estamos em uma corrente de orientação e temos esperança que ele irá sair logo dessa”, finaliza.

Os casos de pessoas com Gripe A vêm preocupando a população e a Secretaria de Estado da Saúde (SES) de SC. Os últimos dados registrados pela Diretoria de Vigilância Epidemiologia, informaram que 1193 casos de doenças respiratórias foram registrados no estado. Destes, 79 vieram a óbito. Foram 33 mortes por influenza A H1N1, quatro por influenza sazonal e 39 por outros agentes. Três casos ainda aguardam por confirmação.

Muitas pessoas estão revoltadas por terem que pagar pela vacina. A população questiona porque o governo não libera as doses gratuitas para todos, se a situação está tão alarmante. Elza Porzyski tem 50 anos e não se enquadrava no público alvo da campanha, que terminou no dia 25 de maio. Ela conta que tem duas filhas, uma de 9 e outra de 12, que também não puderam receber a vacina. “Aqui em casa somos em quatro. Pagar R$280 para que todos sejam vacinados não é fácil. Mas ao mesmo tempo, temos medo em não tomar a dose. O governo deveria liberar para todos e assim, eliminar de vez esse problema”, pontua.

De acordo com a enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Laura Maté, as doses só estão sendo distribuídas gratuitamente para pacientes com doenças crônicas. Ela explica que a campanha durou mais de um mês e muita gente deixou de se vacinar. “A campanha não vai voltar. As pessoas tiveram mais de um mês para se vacinar e muitos não se preocuparam com isso. Novas doses vão chegar em Içara, mas é para pacientes com doenças crônicas. São ordens do Ministério da Saúde”, relata.

Contudo, as doses estão sendo distribuídas em clínicas e laboratórios partículas e o valor varia de acordo com cada estabelecimento. O vírus da H1N1, que originou-se em 2009, foi responsável por uma pandemia. Ele surgiu no México e preocupou a maioria das pessoas por cerca de um ano. Foi em meados de agosto de 2010, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia como encerrada. Contudo, o vírus continuou circulando no ano passado, mas com a intensificação da vacina, apenas em caso esporádicos. Abaixo, acompanhe algumas medidas praticas, mas extremamente necessárias, que ajudam a evitar a proliferação do vírus H1N1.

1. Ações de higiene pessoal, como lavar as mãos várias vezes ao dia, evitar tocar a face com as mãos e proteger a tosse e o espirro com lenço descartável;

2. Procurar um serviço de saúde caso apresente a síndrome gripal, que é definida pelo surgimento, simultaneamente, de febre de início súbito, mais tosse ou dor na garganta, mais cefaleia (dor de cabeça) ou mialgia (dor nos músculos) ou artralgia (dor nas articulações);

3. Quando se comprovar que há circulação do subtipo A H1N1 2009, os médicos devem prescrever o antiviral oseltamivir, o mais precocemente possível, sem aguardar resultados de laboratório ou sinais de agravamento, em todas as pessoas que apresentarem a síndrome gripal, particularmente nos grupos vulneráveis para complicações, como as gestantes, crianças pequenas, idosos, obesos e portadores de doenças crônicas.


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