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Cotidiano

HSD registra mais de 130 intoxicados

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Ela satisfaz a muitos paladares. Ajuda a manter um sabor a mais no alimento, mas, é proibida. A maionese ou molho caseiro, que tanto agrada aos consumidores das lanchonetes de Içara, possivelmente é a responsável pelas dores na cabeça e no abdômen da população içarense. Até a manhã de quinta-feira, dia 17, cerca de 130 pessoas foram registradas no Hospital São Donato de Içara com intoxicação alimentar.

De acordo com a diretora administrativa do hospital, Morgana Zock, cinco pessoas ainda estão internadas por causa de um lanche que comeram no domingo, dia 13. Elas permanecem com diarréia e febre. Todos os casos registrados foram causados por um x-salada, comprado em uma lanchonete no Centro da cidade. “Pedimos que as pessoas que ainda estiverem com diarréia, dores de cabeça, vômito e dores abdominais venham ao hospital para serem hidratadas”, ressalta Morgana.

A vigilância Sanitária recolheu material para análise no Laboratório Central de Florianópolis (Lacen). Foram coletadas amostras dos diversos produtos utilizados na confecção dos lanches. Apesar de serem servidos aos clientes, nenhum pote de maionese ou molho caseiro foram encontrados. Segundo Morgana, a bactéria causadora da intoxicação alimentar será identificada através da coleta de sangue feita em alguns dos pacientes.

Os lanches consumidos foram servidos no domingo, mas somente na segunda-feira, dia 14, é que a Vigilância Sanitária foi notificada sobre a intoxicação alimentar. Sob orientação dos fiscais, os proprietários da lanchonete acompanham de perto o quadro de saúde da clientela.

Segundo o coordenador da Vigilância, Vamilson Pacheco, nenhuma atitude pode ser tomada antes de ser divulgado o resultado da análise. “Não podemos fechar a lanchonete sem ter provas sobre o que causou a contaminação”, diz. “Se as análises não indicarem nada, quem irá arcar com o prejuízo destes empresários?”, questiona Pacheco.

Além dos molhos caseiros, a intoxicação alimentar também pode ter ocorrido por causa de outros produtos como a carne e o tomate, ou por falta de higiene. Na dúvida, as lanchonetes de Içara não servem mais este tipo de condimento.


Falta efetivo para fiscalizar

Questionado sobre a falta de fiscalização, o coordenador da Vigilância, Vamilson Pacheco explica que o efetivo é pequeno para que as operações sejam feitas. “Temos quatro fiscais. Porém, somente um (que é Pacheco) fica em plantão. A legislação pede que as operações sejam feitas com no mínimo quatro fiscais”, relata Pacheco. Por causa da falta de fiscalização, as lanchonetes da cidade desrespeitavam a legislação ao servir molhos caseiros. Caso algum estabelecimento seja pego em flagrante, a Vigilância pode aplicar uma multa. “Precisamos de mais quatro pessoas para podermos criar duas equipes. Assim, poderíamos fazer este tipo de operação noturna”, comenta Pacheco.

Mesmo com a epidemia, não há previsão de quando os bares e lanchonetes de Içara receberão a visita da Vigilância Sanitária. Enquanto isso, clientes e empresários devem ficar atentos a qualidade do produto que estão comprando.