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Cotidiano

Içara vai tentar baixar o reajuste das tarifas

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A diretoria da Cooperaliança, em Içara, conselheiros, empresários e interessados em geral decidiram, em assembléia realizada na noite de ontem, criar um comitê para ir até Brasília para pressionar a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) contra o aumento médio de 22,02% para o consumidor final. Na quarta-feira, a Aneel determinou o reajuste deste ano em 18,92% para residências e 27, 67% para empresas.

Segundo cálculos prévios da cooperativa, com o aumento, a energia elétrica de Içara passaria a ser das mais caras da região, causando grande prejuízo econômico para o município e para a população. "Não é isso que nós queremos para o município e por isso estamos chamando toda a sociedade para encontrarmos uma solução em conjunto. Nós acreditamos que este aumento é abusivo e não é nossa intenção aplicá-lo", afirmou o presidente da Cooperaliança, Pedro Gabriel.

De acordo com as regras de concessão de fornecimento de energia, os reajustes calculados pela Aneel precisam ser cumpridos, sob pena de sanções impostas pela agência. Em dezembro, a cooperativa propôs um aumento de 3,78% para o consumidor, baseado na inflação do ano.

Pedro Gabriel disse que todos ficaram surpresos quando soube- ram que o reajuste seria muito superior do que a cooperativa pretendia e garante que o lucro da empresa, mesmo com reajuste, é ínfimo. "Destes 22,02%, 80% representam o que somos obrigados a repassar para a Aneel. São para cobrir custos da compra de energia, transmissão e outras taxas, sendo que antes pagávamos menos", informou. "Acontece que a Aneel alega que houve um erro de cálculo desses custos no reajuste do ano passado. Agora, além de corrigir esse erro, eles querem ser compensados pelo que deixaram de arrecadar, daí essa diferença exorbitante", completou.


PRESSÃO TÉCNICA E POLÍTICA

Na assembléia, ficou acertado que, primeiramente, a cooperativa vai estudar a fundo a situação e se amparar tecnicamente para poder argumentar com a Aneel a respeito do reajuste. Depois, com a ajuda de representantes políticos da região, uma comitiva irá até Brasília para tentar reduzir o reajuste. A possibilidade de tentar evitar o aumento através de ação judicial também não está descartada. Entretanto, a idéia é utilizar este recurso em segundo plano.

A comitiva, formada por empresários, representantes dos consumidores e dirigentes da Cooperaliança pretende viajar já na próxima semana. O reajuste já está valendo, mas, por enquanto, a cooperativa não pretende repassar para o consumidor final. "Nós até podemos agüentar por um mês, mas somos obrigados a repassar os valores para a Aneel de qualquer jeito. O prejuízo seria pequeno em pouco tempo. Mas, se continuarmos assim, a empresa simplesmente quebraria", alertou o presidente da cooperativa.