Maus cuidados! Esse é um dos motivos alegados pelo pároco da Paróquia São Donato, padre Antônio Vander, para levantar um debate entre os fiéis nos próximos dias. Após três décadas sob o poder do Executivo Municipal, a Igreja Católica busca a retomada da Casa da Cultura Padre Bernardo Junkes. Por se tratar de um assunto polêmico, uma audiência pública será realizada no Salão Paroquial às 19h desta sexta-feira, dia 21.
“A igreja está dando abertura para que os cuidados sejam a nós devolvidos. Este é um desejo que não é de hoje, já vem há alguns anos, com outros padres que me antecederam já realizando discussões internas. Mas, agora, chegamos ao ponto de fato do qual queremos de volta, para que possamos fazer memória do povo desta cidade, que colocou o suor pela nossa igreja”, revelou o pároco.
“Por se tratar de algo grandioso, então chamamos todos que tenham interesse em participar dessa discussão, seja fiel, líder religioso, líder político, seja quem for, todos que quiserem participar, serão bem-vindos”, coloca. “A antiga igreja, onde hoje é a Casa da Cultura, está numa situação delicada. Não está havendo manutenção e, por conta disso, quando chove, acaba chovendo dentro. Isso nos deixa muito triste. Algo com uma história como esta merecia de mais cuidados. E, se voltar a ser nosso, a primeira coisa que faremos é uma reforma”, comenta.
Se a construção for devolvida para posse da Igreja Católica, o local voltaria a ser um tempo religioso, abrigando casamentos, batizados e missas simples, além de ficar aberta diariamente para orações. “Serão momentos importantes de fé”, enfatizou. “Sabemos da complexidade de tudo isso. A nossa paróquia já é grande, exige bastante tempo e recursos para cuidados, e sabemos que algo a mais, como é este caso, vai ser um grande desafio. Mas estamos levantando esta situação, porque do jeito que está não pode ficar, deve haver melhorias e está disponível às pessoas”, aponta.
“Se, por ventura, ela fique com a Prefeitura, vamos exigir que ela tenha bons cuidados, que tenha condições reais de uso. Pediremos a manutenção dela sim”, colocou. “A situação de goteira é real, mas em nenhum momento faltou vontade nossa de corrigir este problema. Só que não é uma simples reforma, é uma restauração. Estamos pleiteando recurso há algum tempo, mas até agora o município não pôde dispor”, garante a presidente da Fundação Cultural de Içara, Eliana Jucoski.
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