Integratur conecta municípios e visa transformar o turismo regional em motor de desenvolvimento

Transformar potencial em desenvolvimento real. Essa é a proposta do Integratur, programa da Unesc apresentado aos prefeitos da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec). A iniciativa busca integrar e fortalecer o turismo regional, conectando territórios e construindo um novo cenário para o setor, visto agora como motor de desenvolvimento econômico e social.

O IntegraTur prevê ações como a criação de rotas turísticas disponíveis em ambientes digitais para oferecer experiências únicas para a atração turística nacionais e internacionais. O projeto elaborado pela Unesc habilita os municípios para receberem turistas, organiza a governança e promove a oferta turística, além de garantir a sustentabilidade dos destinos. Na prática, isso significa mais empregos, geração de renda, valorização da identidade local e atração de investimentos que beneficiam diretamente a população.

“A Amrec é uma região forte, pujante e que precisa continuar crescendo. Com o Integratur, daremos mais um passo importante. Esse é um trabalho que envolve um número expressivo de profissionais, pois iremos atuar de forma simultânea nos 12 municípios, com respeito ao rito específico de cada proposta. Nosso objetivo é materializar cada entrega de forma prática, para que os gestores e comunidades percebam os resultados ao longo de todo o processo”, comenta a reitora em exercício da Unesc, Gisele Silveira Coelho Lopes.

“Modelamos a proposta para que tenha um ciclo de três anos, possibilitando que os prefeitos e equipes vejam os avanços de forma contínua, com resultados concretos a cada 90 dias. Esse acompanhamento periódico é essencial para garantir que as ações se consolidem e gerem impactos reais no desenvolvimento dos municípios”, acrescenta.

Além da Amrec, o Integratur envolve a Associação dos Municípios da Região de Laguna (Amurel), a Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc) e a Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures), que abrange as instâncias de governança Encantos do Sul, Serra Catarinense e Caminho dos Canyons. Juntas, elas somam mais de 800 mil habitantes, um mercado que, bem estruturado, é capaz de trilhar um caminho semelhante a Balneário Camboriú, por exemplo, onde o turismo representa 8,21% do Produto Interno Bruto (PIB), frente aos 1,03% da Região Carbonífera atualmente.

“O IntegraTur é um programa que representa a essência do turismo integrado. A partir das escutas qualificadas construímos uma solução prática que colocará a região numa vitrine turística estratégica.. Esse projeto foi pensado para transformar o potencial turístico da Amrec, da Amesc, da Amurel e da Amures em desenvolvimento real ao conectar as cidades e fortalecer a economia, com a geração de emprego e renda, além da valorização da identidade de cada território. Quando integramos os municípios em torno do turismo, criamos oportunidades para as pessoas e comunidades”, cita Gisele.

“O desenvolvimento da nossa região também depende de nós, gestores, que precisamos ter essa visão integrada e trabalhar juntos pelo bem coletivo. A Unesc desenvolve um trabalho muito importante com o Integratur, que, com certeza, será um dos maiores projetos já realizados na Amrec. É um programa que vai além de ações isoladas e conecta os municípios, cria oportunidades, fortalece a economia local e dá visibilidade para aquilo que temos de melhor. Quando investimos em turismo, investimos em pessoas, na geração de empregos, no aumento da renda e na valorização da nossa história e cultura. Estamos diante de uma grande oportunidade de transformar potencial em desenvolvimento real para todas as nossas cidades”, salienta o presidente da Amrec e prefeito de Lauro Müller, Valdir Fontanella.

“O importante é que a Unesc é uma Universidade local, que está aqui e não vai embora. É uma instituição comprometida em fazer com que o projeto seja implantado e estruturado de verdade. Eu acredito que esse é o caminho. Entendo que é um grande avanço para o turismo regional, ainda mais nesse momento difícil da economia, em que precisamos buscar alternativas. Em toda época difícil, buscamos inovação e novas tecnologias para a nossa sobrevivência, e acredito que o turismo seja uma oportunidade muito oportuna para desenvolvermos na nossa região”, completa.

“Penso que essa é exatamente a função da Amrec: promover e integrar projetos com uma macrovisão, capazes de trazer desenvolvimento coletivo para todos os municípios. A ideia é compartilhar o potencial que cada cidade tem para avançarmos juntos no turismo. Você desce a Serra do Rio do Rastro, toma um vinho em Urussanga, almoça em Nova Veneza, vai à missa na Basílica, conhece o Balneário Rincão, come um doce em Cocal do Sul, visita a barragem do Rio São Bento. Integrados, somos fortes e temos um grande potencial turístico. Esse plano vem justamente para colaborar com aquilo que realmente queremos enquanto prefeitos da nossa região: crescimento sustentável, união e valorização do que temos de melhor”, indica a prefeita de Içara, Dalvania Cardoso (PL).

O projeto foi todo desenvolvido pelos técnicos da Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Aditt), da Universidade, o que mostra como a inovação pode transformar realidades. “Esse projeto foi construído com muito estudo, análise técnica e, principalmente, com escuta ativa das necessidades dos municípios. Nosso objetivo com o Integratur é conectar o potencial turístico que já existe na região e transformá-lo em desenvolvimento que gere resultados concretos para as pessoas”, cita a gerente de Inovação da Universidade, Elenice Engel.

Além da reitora em exercício, quem também fez a explanação do projeto aos prefeitos foi o agente de Inovação, Paulo Priante e a agente de Inovação de Turismo, Tayse Nicoladelli. “O Integratur prepara os municípios, organiza a oferta turística, promove a sustentabilidade dos destinos e constrói soluções como o sistema regional de ciclovias e os portais digitais. Tudo isso cria um ambiente propício para atrair investimentos, fortalecer a economia local, gerar emprego e renda e valorizar a identidade de cada território”, salienta Priante.