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Cotidiano

Lagoa dos Esteves comemora centenário da festa de São Jorge

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Uma das comemorações mais antigas de Içara será realizada no final de semana, dias 20 e 21, na comunidade de Lagoa dos Esteves. É o centenário da festa em honra a São Jorge.

No sábado, dia 20, ás festividades iniciam às 20h, com show pirotécnico e jantar dançante. No domingo, mais de 100 cavaleiros estarão em procissão sob cavalos brancos. Eles serão acompanhados pela Banda Municipal Boleslau Smielewski, e pela imagem de São Jorge. Às 10h acontece a celebração jubilar. Ao meio dia, as festeiras servem um almoço para os visitantes. A programação vespertina segue com o arremate de prendas, às 13h. O show de valores inicia às 14h. Em comemoração aos 100 anos de festa, às 15h será cortado o bolo com 100kg. No mesmo horário também será inaugurado um monumento do centenário. As comemorações encerram ás 17h.

A primeira capela dedicada ao santo foi construída, virada para o mar, onde hoje é o cemitério da comunidade, no alto do morro. Feita de pau-a-pique e coberta com palhas, a construção foi edificada sobre as terras doadas por Joana Rosa da Conceição. Dentro da capela, o santo de devoção da família Estevão, em bronze e trazida da Ilha dos Açores. Nascia assim a Festa de São Jorge, o padroeiro da comunidade.


Devoção da comunidade

A capela foi mudada de lugar por quatro vezes até chegar ao local que está hoje. E por muitos anos, a única imagem de São Jorge, exposta na comunidade, foi à relíquia da família Estevão. Uma graça alcançada por Jaime Amâncio, natural de Olho D’Água, ele fez com que ele mandasse fazer uma nova imagem do santo milagroso e, em forma de agradecimento, doá-la aos fiéis da comunidade.

A festa de São Jorge sempre atraiu vários fiéis à pequena comunidade de Lagoa dos Esteves. Pessoas de toda região se faziam presentes na comemoração. No livro Içara Nossa Terra Nossa Gente a professora Elza de Melo Fernandes conta que as família vinham na véspera, em carros de bois, trazendo os familiares, alimentos para serem preparados nos fogos de chão, roupas em canastras. Enquanto os moços, depois da novena, participavam do baile, as famílias procuravam os engenhos e se reuniam para junto dos carros de boi passar a noite.

Cem anos depois, algumas tradições continuam acesas na memória da festa. Como as novenas, o arremate de prendas, show de valores e a cavalgada, que nesse ano ganha um brilho maior. Serão 100 cavalos brancos (a cor do cavalo de São Jorge) em procissão em honra ao Santo. Pra fechar com a tradição, o baile a tarde. “Participo da festa desde quando eu era criança. Pra mim cada festa é como se o tempo não tivesse passado. As tradições são as mesmas, as pessoas participam bastante e a fé é renovada” diz Dorilda Freitas Pereira de Souza, moradora da comunidade.