A XVIII Festa da Tainha e o IV Encontro Açoriano iniciaram na quinta-feira em grande estilo. No primeiro dia do evento mais de 1,5 mil pessoas passaram pelo Centro Comunitário do Rincão. Os organizadores da festa estimam que foi consumida cerca de uma tonelada de peixe logo de arrancada.
O chefe da cozinha da Festa da Tainha em 2012 é o dono da Casa de Eventos, Adoniram Camargo. Ele relata que foram compradas sete toneladas de tainha para serem consumidas durante os quatro dias. “Faz dois anos que eu assumi a cozinha da festa para preparar os pratos. É um compromisso muito grande e ao mesmo tempo uma satisfação participar de um evento deste porte, pois virou uma festa regional. Já tivemos gente de Florianópolis e de muitas outras cidades que rodeiam o Rincão”, comenta.
Algumas das cozinheiras contratadas trabalham na festa desde a primeira edição. É o caso de Edna Spillere. Ela conta com satisfação sobre os acontecimentos importantes de 18 anos de festa. “São várias mudanças desde a primeira vez que a festa aconteceu. O evento era a beira mar. Lembro que na época tinha shows grandes. Faz 12 anos que estamos trabalhando aqui no Centro Comunitário. Sentimos mudanças na festa, mas a qualidade da comida é a mesma de 17 anos atrás”, destaca.
Já Eliana Santiago, conhecida no Rincão como Coca, conta que desde que iniciou a festa, há 18 anos, trabalhou lavando louça, fazendo salada e outras coisas para que a festa sempre saísse dentro do esperado. “Como eu nasci e me criei na praia é uma honra ter participado de todas as edições da festa, sem contar na oportunidade que eles dão para gente que somos frutos da terra. Já fiz muitas outras atividades na festa, mas hoje eu trabalhos junto com minhas amigas na parte da fritura da tainha”, relata.
“Desde que me colocaram como chefe de cozinha, procuro aproveitar o pessoal da praia para trabalhar, pois são pessoas muito carentes. Procuro estar sempre perto para que tudo saia dentro do esperado. Me lembro que no início era bem difícil, o dinheiro arrecadado pelo Lions era pouco e mesmo assim eles ajudavam várias pessoas do Rincão”, ressalta Maria Albertina Sabino, a Tina.
Tina destaca ainda a alegria de trabalhar numa festa como a da tainha. “Eu adoro trabalhar aqui, já fui voluntária e hoje nossa união, satisfação, higiene e principalmente amor tem trazido um número cada vez maior de participantes para apreciar os pratos que fizemos, pois acredito que antes de comprar os ingressos da festa às pessoas procuram saber como são executados os serviços”, lembra.
Durante todos os dias de festa, os organizadores esperam servir cerca de seis mil refeições. “Na quinta, já tivemos um ótimo número de visitantes, mas domingo esperamos servir mais de duas mil refeições, pois sabemos que esta é uma festa diferente de muitas outras que acontecem na região numa época dessas, aqui servimos em forma de buffet. Em outras os pratos são vendidos separadamente”, pontua Adoniram Camargo.
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